Atritos emergem com chegada de líderes para cúpula do G7; pauta inclui comércio e clima
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Por Jeff Mason e William James
BIARRITZ, Fran?a (Reuters) - Atritos emergiram entre os pa?ses do G7 neste s?bado, mesmo antes de seus l?deres se reunirem para uma c?pula anual, expondo diferen?as profundas sobre assuntos como com?rcio global, Brexit e resposta aos inc?ndios na floresta amaz?nica.
O presidente da Fran?a, Emmanuel Macron, anfitri?o do evento, planejou o encontro de tr?s dias no balne?rio de Biarritz como uma chance de unir um grupo de pa?ses ricos que lutou nos ?ltimos anos para falar a uma s? voz.
Macron definiu uma agenda para o grupo - Fran?a, Reino Unido, Canad?, Alemanha, It?lia, Jap?o e EUA - que inclui defesa da democracia, igualdade de g?nero, educa??o e meio ambiente. Ele convidou l?deres asi?ticos, africanos e latino-americanos a se unirem para um impulso global sobre essas quest?es.
No entanto, em uma avalia??o sombria das rela??es entre aliados outrora pr?ximos, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que est? ficando 'cada vez mais' dif?cil encontrar um terreno comum.
'Esta ? outra c?pula do G7, que ser? um teste dif?cil de unidade e solidariedade do mundo livre e de seus l?deres', disse ele a rep?rteres antes do encontro de Biarritz. 'Este pode ser o ?ltimo momento para restaurar nossa comunidade pol?tica.'
Trump levou a c?pula do G7 do ano passado a um fim deprimente, saindo do encontro no Canad? mais cedo e rejeitando o comunicado final.
Ele chegou ? Fran?a um dia depois de reprimir uma nova rodada de tarifas chinesas ao anunciar que Washington imporia um imposto adicional de 5% a cerca de 550 bilh?es em importa??es chinesas, na mais recente escalada da guerra comercial das duas maiores economias do mundo.
'At? agora, tudo bem', disse Trump durante um almo?o com Macron, afirmando que os dois t?m um relacionamento especial. 'Vamos conseguir muito neste fim de semana.'
Macron listou quest?es de pol?tica externa que os dois abordariam, incluindo L?bia, S?ria e Coreia do Norte, acrescentando que eles compartilhavam o mesmo objetivo de impedir o Ir? de obter armas nucleares.
No entanto, os sorrisos iniciais n?o conseguiram disfar?ar suas abordagens opostas a muitos problemas, incluindo a quest?o complicada do protecionismo e dos impostos.
Antes de chegar a Biarritz, Trump repetiu a amea?a de taxar vinhos franceses em retalia??o ao novo imposto da Fran?a sobre servi?os digitais, que ele afirma que mira injustamente companhias norte-americanas.
Duas autoridades norte-americanas disseram que a delega??o de Trump tamb?m estava irritada por Macron ter desviado o foco da reuni?o do G7 para 'quest?es de nicho' ?s custas da economia global, que muitos l?deres temem que esteja diminuindo drasticamente e correndo o risco de entrar em recess?o.
A pol?cia de choque francesa usou brevemente canh?es de ?gua e g?s lacrimog?neo neste s?bado para dispersar manifestantes anticapitalistas em Bayonne, perto de Biarritz.
Um helic?ptero da pol?cia circulou no alto enquanto dezenas de manifestantes, alguns usando m?scaras, provocavam policiais.
BREXIT
Al?m da din?mica imprevis?vel entre os l?deres do G7, est?o as novas realidades enfrentadas pelo Reino Unido ligadas ao Brexit: influ?ncia minguante na Europa e crescente depend?ncia dos EUA.
O novo primeiro-ministro, Boris Johnson, desejar? encontrar um equil?brio entre n?o alienar os aliados europeus do Reino Unido e n?o irritar Trump e, possivelmente, comprometer futuros la?os comerciais. Johnson e Trump manter?o conversa??es bilaterais no domingo de manh?.
Johnson e Tusk trocaram farpas antes da c?pula sobre quem seria o culpado se o Reino Unido deixasse a UE em 31 de outubro, sem um acordo de sa?da.
Tusk disse a rep?rteres que estava aberto a ideias de Johnson sobre como evitar um Brexit sem acordo quando os dois se encontrarem no domingo.
'Ainda espero que o primeiro-ministro Johnson n?o goste de entrar na hist?ria como Sr. sem acordo', disse Tusk, que lidera a dire??o pol?tica da Uni?o Europeia de 28 pa?ses.
Johnson, que disse desde que assumiu o cargo no m?s passado que tirar? o pa?s do bloco em 31 de outubro, independentemente de um acordo ser alcan?ado, mais tarde respondeu que seria o pr?prio Tusk quem levaria o manto se o Reino Unido n?o pudesse. garantir um novo acordo de retirada.
'Eu diria aos nossos amigos da UE se eles n?o querem um Brexit sem acordo ent?o temos que nos livrar da barreira do tratado', disse Johnson a rep?rteres, referindo-se ao mecanismo de apoio irland?s que garantiria que a fronteira entre a Irlanda do Norte e a Irlanda membro da UE permaneceria aberta ap?s o Brexit.
'Se Donald Tusk n?o quer ser o Sr. sem acordo, espero que esse ponto tamb?m seja lembrado por ele', disse Johnson em seu voo para a Fran?a.
'N?O ? O CAMINHO A SEGUIR'
Apesar das tens?es relacionadas ao Brexit, diplomatas minimizaram a probabilidade de Trump e Johnson darem as m?os contra o resto, citando o estreito alinhamento da pol?tica externa brit?nica com a Europa em quest?es do Ir? e do com?rcio ?s mudan?as clim?ticas.
'N?o haver? um G5 + 2', disse um diplomata do G7.
De fato, Johnson afirmou que diria a Trump para se afastar de uma guerra comercial que j? est? desestabilizando o crescimento econ?mico em todo o mundo.
'Este n?o ? o caminho a seguir', disse ele. 'Al?m de tudo, aqueles que apoiam as tarifas correm o risco de incorrer na culpa pela desacelera??o da economia global, independentemente de isso ser verdade ou n?o.'
'DINHEIRO PARA OS RICOS'
Protestos contra a c?pula tornaram-se comuns e, neste s?bado, milhares de ativistas contra a globaliza??o, separatistas bascos e manifestantes de 'coletes amarelos' marcharam pacificamente pela fronteira da Fran?a com a Espanha para exigir a??o dos l?deres.
'? mais dinheiro para os ricos e nada para os pobres. Vemos as florestas amaz?nicas queimando e o ?rtico derretendo', disse Alain Missana, eletricista de colete amarelo - s?mbolo de protestos antigovernamentais que abalam a Fran?a h? meses.
L?deres da UE pressionaram na sexta-feira o presidente brasileiro Jair Bolsonaro por causa de inc?ndios na floresta amaz?nica.
Macron disse que Bolsonaro mentiu para minimizar as preocupa??es com as mudan?as clim?ticas em uma c?pula do G20 no Jap?o em junho e amea?ou vetar um pacto comercial entre a Uni?o Europeia e o bloco do Mercosul dos pa?ses sul-americanos.
Uma fonte diplom?tica francesa disse que assessores dos l?deres do G7 estavam trabalhando em iniciativas concretas para responder aos inc?ndios.
Johnson, do Reino Unido, manifestou profunda preocupa??o com as queimadas na floresta, mas parecia discordar de Macron sobre como responder.
'H? todo tipo de pessoa que usar? qualquer desculpa para interferir no com?rcio e frustrar os acordos comerciais, e eu n?o quero ver isso', disse Johnson a rep?rteres.
(Reportagem de Jeff Mason, William James, Richard Lough, Marine Pennetier, John Chalmers, Crispian Balmer, John Irish e em Biarritz; Bryan Pietsch em Washington; Gabriela Baczynska em Bruxelas; e Chris Steitz em Frankfurt)
Escrito por Redação
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