Dívida pública federal cresce 2,05% em novembro, diz Tesouro

Por Gabriel Ponte

BRAS?LIA (Reuters) - A d?vida p?blica federal do Brasil subiu 2,05% em novembro sobre outubro, a 4,205 trilh?es de reais, divulgou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira.

No mesmo per?odo, a d?vida p?blica mobili?ria federal interna teve avan?o de 1,71%, a 4,034 trilh?es de reais.

Para o ano, a meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) ? de um estoque da d?vida entre 4,1 trilh?es de reais a 4,3 trilh?es de reais.

A varia??o da d?vida mobili?ria interna no m?s passado refletiu uma emiss?o l?quida de 41,81 bilh?es de reais e apropria??o positiva de juros de 25,96 bilh?es de reais.

J? a d?vida p?blica federal externa teve alta de 10,86%, encerrando o m?s em 171,51 bilh?es de reais.

COMPOSI??O

No m?s passado, os t?tulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na d?vida p?blica federal, a 39,27% do total, sobre 39,38% em outubro. A participa??o est? dentro do intervalo da meta do PAF, de 38% a 42%.

J? os t?tulos prefixados avan?aram a 30,63% da d?vida, ante 30,42% no m?s anterior, frente a uma meta de 29% a 33% para 2019.

Os pap?is indexados ? infla??o, por sua vez, reduziram a fatia sobre a d?vida para 25,83% da d?vida total, ante 26,27% em outubro, sendo que a refer?ncia para este ano ? de 24% a 28%.

No relat?rio mensal da d?vida, o Tesouro tamb?m informou que a participa??o dos investidores estrangeiros na d?vida mobili?ria interna caiu a 11,11% em novembro, sobre 11,33% em outubro.

CONJUNTURA

Discorrendo sobre o ambiente macroecon?mico global em dezembro, o coordenador de Opera??es da D?vida P?blica do Tesouro, Roberto Lobarinhas, destacou a revis?o positiva da nota de cr?dito do pa?s pela ag?ncia Standard and Poor's, al?m da sinaliza??o de retomada do crescimento dom?stico.

'Tudo isso refor?a, reafirma, estarmos indo em um bom caminho, o que nos leva a crer que isso vai favorecer o investimento estrangeiro no pa?s', disse.

O Banco Central divulgou nesta sexta-feira que os investimentos diretos no pa?s (IDP) somaram 6,985 bilh?es de d?lares em novembro, abaixo da proje??o de analistas, de 7,5 bilh?es de d?lares. Para dezembro, a estimativa do BC ? de IDP de 11 bilh?es de d?lares, dos quais j? ingressaram 8,4 bilh?es de d?lares no m?s at? dia 18.

Lobarinhas tamb?m mencionou o risco-pa?s brasileiro de cinco anos, mensurado pelo Credit Default Swap (CDS), que chegou a atingir uma m?nima em nove anos, de 96,80 pontos-base, nesta semana.

Tamb?m nesta semana, a bolsa brasileira bateu sucessivos recordes hist?ricos, e o d?lar chegou a cair para os menores n?veis desde o come?o de novembro.

'Mercados, de forma geral, foram beneficiados pelo acordo entre Estados Unidos e China. Os protestos, na Am?rica Latina, tamb?m tiveram intensidade menor, o que favoreceu', analisou, relacionando a perfomance do risco-pa?s a esses eventos.

Ele lembrou, contudo, que em novembro as taxas de juros de mercado --refer?ncia para a defini??o dos retornos nas vendas de t?tulos p?blicos-- subiram, devolvendo parte da queda de outubro.

As Notas do Tesouro Nacional-S?rie F (NTN-F) --pap?is prefixados com vencimentos mais longos-- sa?ram ? taxa m?dia de 6,78% ao ano em novembro (vencimento 2029), acima do patamar de 6,71% de outubro. Em tr?s leil?es de venda em dezembro, a taxa m?dia das emiss?es j? subiu para 6,85%.