Dólar crava 4ª queda seguida ante real, à espera de fluxo e agenda de reformas
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Por Jos? de Castro
S?O PAULO (Reuters) - O d?lar engatou nesta ter?a-feira a quarta queda consecutiva frente ao real, afastando-se mais dos picos em seis meses alcan?ados na semana passada, conforme investidores reagiram a expectativas de ingressos de recursos, mas sem tirarem aten??o do notici?rio envolvendo a reforma da Previd?ncia.
O d?lar negociado no mercado interbanc?rio fechou em queda de 0,50 por cento, a 3,8569 reais na venda. Ao longo do dia, a cota??o oscilou entre 3,8490 reais (-0,70 por cento) e 3,8800 reais (+0,10 por cento).
Na semana passada, o d?lar chegou a superar os 4 reais durante os neg?cios, antes de terminar a 3,9545 reais, maior patamar desde outubro do ano passado.
Desde ent?o, a moeda norte-americana registrou quatro quedas consecutivas, acumulando desvaloriza??o de 2,47 por cento. A divisa, por?m, ainda est? 5,41 por cento acima da m?nima deste ano (de 3,6588 reais, marcada em 31 de janeiro), sinal de que uma parte importante do pr?mio de risco acumulado com o aumento da incerteza com a Previd?ncia prossegue.
No mercado futuro da B3, a refer?ncia do d?lar tinha alta de 0,12 por cento nesta ter?a-feira, a 3,8640 reais.
A aparente diverg?ncia entre as cota??es nos mercados ? vista e futuro est? ligada ao descasamento entre hor?rios de fechamento de ambos e tem sido mais not?vel desde a semana passada, quando por vezes novas not?cias relacionadas ? reforma previdenci?ria vieram ? tona ap?s o t?rmino das opera??es de c?mbio no mercado spot.
O d?lar interbanc?rio tem opera??es finalizadas ?s 17h (hor?rio de Bras?lia), enquanto o ?ltimo neg?cio no mercado futuro ocorre at? 18h.
'Mas hoje o d?lar spot ficou 'pesado' por causa das not?cias sobre fluxo', disse um operador de tesouraria de um banco paulista.
A JBS informou nesta ter?a-feira que precificou 1 bilh?o de d?lares em b?nus com vencimento em 2029, com taxa de 6,5 por cento, pela JBS USA Lux S.A., JBS USA Finance, Inc e JBS USA Food Company, subsidi?rias integrais da companhia.
A defesa da reforma da Previd?ncia expressada nesta ter?a-feira por autoridades do governo, entre elas o presidente da Rep?blica, Jair Bolsonaro, tamb?m ajudou a estimular venda de d?lares.
As aten??es do mercado se voltam agora para a participa??o do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comiss?o de Constitui??o e Justi?a (CCJ) da C?mara dos Deputados. A CCJ ? a primeira parada do texto que muda as regras das aposentadorias, visto como crucial para a retomada da sustentabilidade das contas p?blicas do pa?s.
Apesar do peso dos eventos internos sobre o pre?o do d?lar, analistas ponderam que o mercado de c?mbio dom?stico segue bastante influenciado pelos eventos externos. Mais recentemente, uma s?rie de moedas emergentes sofreu com o aumento da avers?o a risco, diante dos receios de enfraquecimento adicional da economia global.
Em estudo, o Goldman Sachs coloca o real entre as moedas mais afetadas pelos ru?dos externos, junto com as divisas da ?frica do Sul, Turquia, M?xico e R?ssia. O Goldman estima d?lar de 3,60 reais num horizonte de seis meses.
Escrito por Redação
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