'É hora disso acabar': Equipe de Trump pede absolvição em julgamento de impeachment
Publicada em
Por Susan Cornwell e Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Dizendo que '? hora disso acabar', a equipe jur?dica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou ao Senado norte-americano nesta ter?a-feira para que ele seja absolvido no julgamento do impeachment, tentando marginalizar as alega??es explosivas do ex-conselheiro de Seguran?a Nacional John Bolton sobre a conduta de Trump.
Os advogados de Trump encerraram o terceiro e ?ltimo dia reservado para os argumentos de abertura do processo com a quest?o crucial sobre a convoca??o ou n?o de testemunhas --incluindo Bolton-- ainda n?o resolvida no Senado controlado pelos colegas de Partido Republicano do presidente, que quase certamente devem votar para mant?-lo no cargo enquanto ele se prepara para disputar sua reelei??o no dia 3 de novembro.
'A elei??o est? a apenas meses de dist?ncia. O povo americano tem o direito de escolher seu presidente. Reverter elei??es do passado e interferir significativamente na pr?xima elei??o poderia causar danos s?rios e duradouros para o povo dos Estados Unidos e para nosso grande pa?s. O Senado n?o pode permitir que isso aconte?a', disse o advogado da Casa Branca Pat Cipollone ao Senado.
'? hora disso acabar, aqui e agora. Ent?o, pedimos que o Senado rejeite esses artigos de impeachment.'
A pr?xima fase do julgamento envolve perguntas dos 100 senadores aos advogados que representam Trump e aos sete parlamentares democratas da C?mara dos Deputados que atuam como procuradores no processo.
A C?mara, liderada pelos democratas, aprovou o impeachment do empres?rio que se tornou pol?tico por acusa??es de abuso de poder e de obstru??o ao Congresso em um caso onde Trump teria pedido que a Ucr?nia investigasse seu rival pol?tico Joe Biden.
Adam Schiff, no papel de principal procurador dos democratas no caso contra Trump, na semana passada disse que a pergunta continuava sobre se o julgamento era justo ou injusto, j? que os republicanos at? agora recusam a permiss?o de depoimentos de testemunhas e a apresenta??o de novas evid?ncias.
'Um julgamento justo envolve testemunhas e envolve documentos', disse Schiff a jornalistas.
O Senado pode resolver a quest?o de convocar ou n?o testemunhas em uma vota??o na sexta-feira ou no s?bado.
A equipe jur?dica de Trump buscou minimizar a import?ncia do manuscrito de livro n?o publicado de Bolton que descreve o papel central de Trump em uma campanha para pressionar a Ucr?nia a investigar Biden, um dos principais postulantes ? nomea??o democrata para enfrentar Trump nas elei??es presidenciais que acontecer?o em novembro.
'Voc? n?o pode impedir um presidente por uma acusa??o sem fontes', disse o advogado pessoal de Trump Jay Sekulow ao Senado.
Contradizendo diretamente a vers?o de Trump, Bolton escreveu no manuscrito que o presidente havia pedido que ele congelasse 391 milh?es de d?lares em aux?lio de seguran?a ? Ucr?nia at? que o governo de Kiev investigasse democratas incluindo Biden e seu filho Hunter Biden, segundo reportou o New York Times.
As alega??es de Bolton reafirmam a pe?a central das acusa??es de impeachment contra Trump. Democratas dizem que Trump abusou de seu poder ao utilizar o aux?lio de seguran?a - aprovado pelo Congresso para ajudar a Ucr?nia na batalha contra separatistas apoiados pela R?ssia - como moeda de troca para difamar um rival pol?tico.
Sekulow ressaltou que seu colega na equipe jur?dica de Trump Alan Dershowitz disse a senadores na noite de segunda-feira que mesmo se o que Bolton diz ? verdade, aquilo n?o representaria uma conduta digna de impeachment.
Bolton deixou seu cargo na Casa Branca no final de setembro. Trump diz ter demitido o ex-conselheiro, mas Bolton afirma ter sa?do ap?s discord?ncias pol?ticas.
Trump nega ter dito a Bolton que buscava utilizar o aux?lio ? Ucr?nia como moeda para que Kiev investigasse Biden e seu filho. Ele nega qualquer 'quid pro quo' - o termo em Latim que remete ? troca de favores - em suas negocia??es com a Ucr?nia.
(Reportagem de Susan Heavey, Susan Cornwell, Makini Brice, Karen Freifeld, David Morgan, Patricia Zengerle e Richard Cowan)
Escrito por Reuters
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