É importante que governo assuma protagonismo na articulação da reforma da Previdência, diz Maia

Por Maria Carolina Marcello

BRAS?LIA (Reuters) - O presidente da C?mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta ter?a-feira que o governo do presidente Jair Bolsonaro assuma o protagonismo nas negocia??es sobre a reforma da Previd?ncia.

Para o presidente da C?mara, um dos principais articuladores da reforma, tanto o Bolsonaro, quanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, devem comandar as articula??es, para facilitar o andamento da Proposta de Emenda ? Constitui??o (PEC) no Congresso.

?? importante que o governo assuma esse protagonismo, esse protagonismo ? do presidente Bolsonaro, ? do ministro da Economia, que foram os dois que apresentaram a emenda constitucional?, disse Maia a jornalistas.

?Ent?o, se eles n?o lideram esse processo, dificulta muito a tramita??o e a vota??o da mat?ria na C?mara dos Deputados?, argumentou.

Questionado sobre a atua??o do ministro da Economia, afirmou que ele est? indo ?muito bem? e ? um dos que ?mais tem contribu?do para o di?logo com o Parlamento brasileiro?.

Ainda que tente desviar, Maia tem sido apontado como um dos protagonistas na articula??o da reforma. Questionado sobre a composi??o da Comiss?o de Constitui??o e Justi?a (CCJ), a primeira por onde a PEC da reforma passar?, fez quest?o de deixar claro que ? papel dos l?deres indicar membros para o colegiado. Acrescentou, no entanto, que a comiss?o deve ter composi??o favor?vel ? aprova??o da proposta.

?Eu acredito que sim, pelo que estou conversando com os l?deres, acho que haver? uma composi??o favor?vel ? admissibilidade da reforma da Previd?ncia l? no final do m?s de mar?o.?

O presidente da C?mara considerou ainda ?in?cua? a decis?o dos l?deres de s? votar a proposta na CCJ ap?s o envio do projeto que trata da nova aposentadoria para militares. Pelas contas do presidente, se os prazos come?arem a correr a partir da quinta-feira, um dia ap?s a instala??o da comiss?o, s? ser? poss?vel votar a admissibilidade da PEC no fim do m?s, entre os dias 27 e 28.

A CCJ ? respons?vel pela an?lise da admissibilidade da PEC, antes de encaminh?-la a uma comiss?o especial, que analisar? o m?rito da medida. S? ent?o a proposta segue ao plen?rio, onde precisa de pelo menos 308 votos em dois turnos de vota??o para ser aprovada e ent?o encaminhada para an?lise do Senado, onde precisa obter 49 votos em dois turnos de vota??o para entrar em vigor.

Maia avalia ainda que o governo precisa garantir uma folga de votos acima do qu?rum exigido para a aprova??o.

?Se tiver 320 votos, n?o passa. Tem que ter 350 votos para poder aprovar uma reforma da Previd?ncia?, disse.

(Edi??o de Eduardo Sim?es)