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É prematuro governo fazer concessões agora na reforma da Previdência, diz líder do governo na Câmara

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BRAS?LIA (Reuters) - O l?der do governo na C?mara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou nesta ter?a-feira que ainda ? cedo para o governo fazer concess?es sobre a reforma da Previd?ncia, num momento em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, entra em campo para tentar afinar a articula??o pol?tica em torno da proposta.

Ap?s l?deres do centr?o e de outros partidos na C?mara dos Deputados terem anunciado, na semana passada, que atuar?o para retirar do texto as mudan?as propostas pelo Executivo para aposentadoria rural e Benef?cio de Presta??o Continuada (BPC), Vitor Hugo avaliou que o governo j? vinha identificando 'ansiedades' quanto a esses pontos.

Mesmo assim, ele destacou que o governo ir? defender a ?ntegra da proposta para assegurar uma economia de mais de 1 trilh?o de reais em dez anos, em linha com o discurso de Guedes.

Na v?spera, alguns parlamentares tamb?m aventaram a possibilidade de as altera??es na Proposta de Emenda ? Constitui??o (PEC) sobre a Previd?ncia serem feitas j? na Comiss?o de Constitui??o e Justi?a da C?mara (CCJ), na sua primeira etapa de tramita??o no Congresso.

O l?der do governo na Casa, contudo, minimizou essas chances.

'A gente n?o vai fazer esse tipo de concess?o nesse momento, ? at? prematuro... na discuss?o da admissibilidade, a CCJ tem um poder limitado para cortar texto', afirmou ele, na sa?da de reuni?o no Minist?rio da Economia.

'O governo vai partir com a inten??o de preservar o m?ximo poss?vel', acrescentou.

O secret?rio especial de Previd?ncia e Trabalho, Rog?rio Marinho, tamb?m disse a jornalistas que o governo seguir? defendendo a PEC na ?ntegra e que v? a comiss?o especial, etapa seguinte ? CCJ, como o ambiente para discutir o m?rito do texto. Mas ele reconheceu que o Parlamento poder? modificar a PEC.

'Treze partidos j? se posicionaram contra esses dois itens (mudan?as na aposentadoria rural e BPC), mas n?s vamos continuar a debat?-los', afirmou Marinho.

'Se a maioria assim entender, os itens ser?o suprimidos, at? porque o papel do Parlamento ? aperfei?oar o projeto, ? apresentar propostas que de alguma forma consigam melhorar o texto que foi apresentado pelo Executivo', completou.

REUNI?ES

Depois de Guedes ter recebido uma s?rie de deputados nesta manh? --incluindo do PSD, DEM e PRB-- e ter pela frente reuni?es com parlamentares do PSL ? tarde, tanto Marinho quanto Vitor Hugo saudaram o envolvimento do ministro, ap?s fric??es entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da C?mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terem azedado o clima para a reforma da Previd?ncia na semana passada.

Na avalia??o de Vitor Hugo, a tens?o ? 'p?gina virada'. Ele tamb?m destacou que Bolsonaro ir? receber presidentes de partidos na quinta-feira dentro de um processo de aproxima??o importante.

'? um caminho dentro dessa ideia de arrefecer e tamb?m de aproximar. Tudo visando a aprova??o da nova Previd?ncia e de outros pacotes que interessam ao governo e ao pa?s', disse ele, afirmando que a tese de que negocia??es se dariam apenas com bancadas tem?ticas ou frentes parlamentares n?o foi de autoria do governo.

'S?o os partidos que t?m capacidade de di?logo, de articula??o dentro da C?mara e do Senado, e n?o faria qualquer sentido a articula??o ser por parte de bases tem?ticas', completou.

A aproxima??o com os partidos busca construir o apoio necess?rio para a aprova??o da reforma, ap?s seguidas cr?ticas do presidente ao que ele chama de 'velha pol?tica' e a necessidade de adapta??o ? 'nova pol?tica'.

(Por Marcela Ayres)

Escrito por Redação

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