Economia retomou trajetória de crescimento e inflação está sob controle, diz Guardia

S?O PAULO (Reuters) - A economia brasileira voltou ao normal, ap?s desabastecimentos e perdas causadas pela paralisa??o de caminhoneiros, retomando a trajet?ria de crescimento, mas precisa que as reformas continuem para atingir um desempenho sustent?vel, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.

Falando a jornalistas em S?o Paulo, o ministro avaliou como descabido discutir mudan?as na meta de infla??o antes da reuni?o do Conselho Monet?rio Nacional (CMN), prevista para a ?ltima semana do m?s.

Composto por Guardia, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, o CMN decidir? a meta de infla??o de 2021 na reuni?o deste m?s.

A recupera??o da economia brasileira vinha ocorrendo em escala crescente no primeiro trimestre, mas o ritmo perdeu for?a e n?o se repetir? nos pr?ximos trimestres, segundo o ministro do Planejamento. Na avalia??o de economistas do mercado consultados pelo Banco Central todas as semanas no boletim Focus, a expans?o da economia ser? inferior a 2 por cento neste ano.

A economia brasileira acelerou ligeiramente no primeiro trimestre, avan?ando 0,4 por cento sobre os tr?s meses anteriores, em linha com estimativas do mercado.

J? o desempenho do segundo trimestre se tornou mais dif?cil de prever depois dos 11 dias de paralisa??o dos caminhoneiros, que causou desabastecimento de insumos para a ind?stria e de produtos b?sicos para o consumidor, al?m de gerar perdas estimadas de mais de 5 bilh?es de reais na agropecu?ria.

A quest?o foi solucionada com um pacote fiscal ao custo de 13,5 bilh?es de reais, levantando ainda d?vidas sobre a sustentabilidade das contas do governo.

N?o h? d?vida de que a greve teve preju?zos para o pa?s, a greve paralisou o pa?s durante 10 dias, tivemos desabastecimento, afetou diversos setores da economia, inclusive a atividade dos pr?prios caminhoneiros , disse Guardia.

O que a gente tem que discutir agora ? qual ? o impacto disso e eu vi muitos n?meros que me parecem excessivos.

Segundo Guardia, a alta de pre?os influenciada pela falta de produtos que n?o conseguiam chegar ao consumidor pela paralisa??o nas estradas tende a n?o contaminar a economia por muito tempo.

No momento da greve voc? teve desabastecimento e pre?os subiram, refletindo a falta da disponibilidade desses bens. Na medida que a economia volta a funcionar, os pre?os voltam ? sua normalidade , afirmou.

(Por La?s Martins)