Eike Batista é condenado a 30 anos de prisão em desdobramento da Lava Jato

S?O PAULO (Reuters) - O empres?rio Eike Batista foi condenado nesta ter?a-feira a 30 anos de pris?o por corrup??o passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz federal Marcelo Bretas em um processo ligado ? opera??o Lava Jato, no qual o ex-governador do Rio de Janeiro S?rgio Cabral tamb?m foi condenado a 22 anos e 8 meses de pris?o.

Em sua senten?a, Bretas afirmou que Eike pagou 16,5 milh?es de d?lares em propina a Cabral quando este governava o Estado do Rio de Janeiro para que o ent?o governador usasse seu cargo para beneficiar os interesses de seu grupo empresarial.

'O condenado Eike Batista, influente empres?rio brasileiro, foi o respons?vel pelo esquema de corrup??o e de pagamentos indevidos a S?rgio Cabral tratado nestes autos. A arquitetura criminosa foi engendrada em sua pr?pria empresa, sendo de muito dif?cil detec??o para os ?rg?os de investiga??o, e n?o por acaso durante muitos anos o condenado logrou evitar fossem tais esquemas criminosos descobertos e reprimidos', escreveu Bretas.

'Trata-se de pessoa que, a despeito de possuir situa??o financeira abastada, revelou dolo elevado em seu agir. Homem de neg?cios conhecido mundialmente, e exatamente por isso, suas pr?ticas empresariais criminosas foram potencialmente capazes de contaminar o ambiente de neg?cios e a reputa??o do empresariado brasileiro, causando cicatrizes profundas na confian?a de investidores e empreendedores que, num passado recente, viam o Brasil como boa op??o de investimento.'

O advogado de Eike, Fernando Martins, informou em nota que ir? recorrer da decis?o.

Eike, que j? foi o homem mais rico do Brasil e tinha planos para se tornar o mais rico do mundo, comandou um imp?rio empresarial que ia do setor de minera??o ao de petr?leo e g?s, passando pelo de entretenimento. Seu conglomerado, EBX, come?ou a ruir em 2013 com algumas de suas empresas vendidas ou colocadas em recupera??o judicial.

(Por Eduardo Sim?es)