Eleitores suíços aprovam maior controle de armas e evitam embate com UE

ZURIQUE/GENEBRA (Reuters) - Os eleitores su??os concordaram neste domingo, por uma margem de quase dois para um, com a ado??o de controles mais r?gidos para armas, em linha com mudan?as nas regras da Uni?o Europeia (UE), evitando assim confronto com Bruxelas.

A medida foi aprovada em referendo sob o sistema su??o de democracia direta por uma margem de 64% a 36%, mostraram resultados finais, mas ainda pass?veis de ajustes.

As restri??es --que se aplicam ? Su??a porque o pa?s faz parte de um sistema de fronteiras abertas sob o Tratado de Schengen, mesmo n?o sendo membro da Uni?o Europeia (UE)-- provocaram controv?rsias entre os entusiastas de tiro antes da vota??o.

N?o adotar as regras poderia ter for?ado a Su??a a deixar o Tratado de Schengen e o sistema conjunto de Dublin para lidar com pedidos de ref?gio.

Depois que militantes mataram dezenas de pessoas em Paris em 2015, a UE endureceu em 2017 as leis contra a compra de fuzis semiautom?ticos, como os usados ??nesses ataques, e facilitou o rastreamento de armas em bancos de dados nacionais.

A proposta inicial da UE provocou protesto porque significou a proibi??o da tradi??o su??a de ex-soldados manterem seus fuzis de assalto.

Autoridades su??as negociaram concess?es para veteranos e entusiastas de armas que participam dos in?meros clubes de tiro do pa?s, mas quaisquer restri??es importadas da UE v?o longe demais para ativistas de direita preocupados com a soberania su??a.

'Para mim, as novas obriga??es ligadas ? posse de armas n?o s?o t?o restritivas, enquanto o risco de n?o se beneficiar das vantagens de Schengen ? muito real', disse um funcion?rio de banco que se nomeou apenas como Philippe.

'N?o tem nada a ver com chantagem, apenas a Su??a tem que se alinhar com um sistema do qual participa.'

Defensores dos direitos ?s armas reclamaram que as regras poderiam desarmar os cidad?os cumpridores da lei e impactar a heran?a e identidade nacionais da Su??a, que inclui uma popula??o armada.

(Reportagem de Michael Shields e Marina Depetris)