Em aniversário da revolução cubana, Raúl Castro critica EUA por rumo de 'confrontação'
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HAVANA (Reuters) - O l?der do Partido Comunista de Cuba, Ra?l Castro, disse que os cubanos est?o preparados para resistir ao que parece ser um rumo de 'confronta??o' do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com um embargo comercial intensificado que j? dura quase seis d?cadas.
Ra?l, de 87 anos, liderou o ato do 60? anivers?rio da revolu??o de esquerda que levou seu falecido irm?o Fidel ao poder em 1959, derrotando o governo de Fulgencio Batista, apoiado por Washington. A cerim?nia ocorreu em Santiago de Cuba, cerca de 800 quil?metros ao leste de Havana, na ter?a-feira.
'Agora, novamente o governo norte-americano parece tomar o rumo da confronta??o com Cuba e apresentar nosso pa?s pac?fico e solid?rio como uma amea?a ? regi?o', declarou Ra?l em um discurso no qual instou o pa?s a continuar 'priorizando as tarefas de prepara??o para a defesa'.
O ex-presidente observou que 'aos 60 anos do triunfo (da revolu??o), n?o nos intimidam a linguagem da for?a nem as amea?as', uma alus?o ao retrocesso nos la?os entre Washington e Havana desde que Trump assumiu a Casa Branca, revertendo a reaproxima??o iniciada por seu antecessor, Barack Obama, no final de 2014.
As duas na??es restabeleceram as rela??es diplom?ticas em julho de 2015. Em novembro o conselheiro de Seguran?a Nacional de Trump, John Bolton, disse que Washington adotar? uma linha mais dura contra Cuba, Venezuela e Nicar?gua, pa?ses que qualificou como a 'troica da tirania'.
O discurso de Ra?l veio em um momento no qual o governo cubano se v? afetado pelas san??es comerciais dos EUA, o colapso econ?mico de sua aliada estrat?gica Venezuela e as tens?es nas finan?as internas do pa?s.
A economia local teve uma crescimento anual m?dio de um por cento nos ?ltimos tr?s anos, menos que a taxa de 5 a 7 por cento que especialistas afirmam ser necess?ria para a ilha se recuperar de uma depress?o da d?cada de 1990.
'Um desafio que enfrentaremos no ano que come?a hoje ? a situa??o da economia, sobrecarregada pelas tens?es nas finan?as externas por causa dos abalos na renda das exporta??es, o bloqueio norte-americano e seus efeitos extraterritoriais', argumentou Ra?l.
'? preciso em primeiro lugar reduzir todo gasto n?o imprescind?vel e poupar mais', acrescentou.
(Por Nelson Acosta e Sarah Marsh)
Escrito por Redação
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