Em audiência sobre PEC da 2ª instância, deputado chama Moro de capanga da milícia
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BRAS?LIA (Reuters) - Ao participar de uma audi?ncia p?blica sobre proposta que permite a pris?o ap?s condena??o em segunda inst?ncia na C?mara, o ministro da Justi?a Sergio Moro foi chamado de ?capanga da mil?cia??pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
?Eu sei que a minha fala faz com que alguns representantes do governo Bolsonaro fiquem inquietos?, disse o deputado do PSOL durante a audi?ncia p?blica. ?Sabem por que os senhores ficam inquietos? Porque querem que a mil?cia no Brasil n?o seja devidamente apontada como crime organizado. Porque ela faz parte da estrutura??o do projeto de poder dos senhores?, acusou.
?E eu n?o tenho outra coisa a dizer a n?o ser chamar o ministro da Justi?a, que blinda a fam?lia Bolsonaro em rela??o a esses temas, de capanga da mil?cia. ? isso que ele ?.?
Moro rebateu afirmando que Braga n?o tinha condi??es de exercer o mandato.
?Deputado, o senhor n?o tem fato, o senhor n?o tem argumento, o senhor s? tem ofensas. O senhor ? um desqualificado para exercer esse cargo?, disse o ministro.
O tema das m?licias voltou ? tona com o assassinato no domingo do ex-capit?o da Pol?cia Militar Adriano Magalh?es da N?brega, apontado pelo Minist?rio P?blico do Rio de Janeiro (MPRJ) como um dos l?deres de uma mil?cia respons?vel por diversos crimes e suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.
A m?e e a mulher do ?capit?o Adriano? trabalharam no gabinete na Assembleia Legislativa do ent?o deputado estadual Fl?vio Bolsonaro (PSL-RJ), hoje senador, filho do presidente Jair Bolsonaro.
Pelo Twitter, Fl?vio fez uma den?ncia e disse ter chegado ao seu conhecimento que havia pessoas 'acelerando a crema??o de Adriano da N?brega para sumir com as evid?ncias de que ele foi brutalmente assassinado na Bahia?.
?Rogo ?s autoridades competentes que impe?am isso e elucidem o que de fato houve?, disse o senador na rede social.
Aprovado pela Comiss?o de Constitui??o e Justi?a (CCJ) da C?mara em 20 de novembro, o texto em discuss?o na comiss?o especial modifica dois artigos da Constitui??o ?o 102 e o 105?, transformando recursos extraordin?rios e especial em a??es revisionais de compet?ncia origin?ria do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justi?a (STJ), na inten??o de permitir que decis?es proferidas pelas cortes de segunda inst?ncia j? transitem em julgado com o esgotamento dos recursos ordin?rios.F
Durante a audi?ncia, Moro repetiu sua posi??o e defendeu a possibilidade de pris?o ap?s segundo grau de decis?o, negando que a iniciativa gere qualquer preju?zo ? presun??o de inoc?ncia.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Escrito por Reuters
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