Em encontro com sindicalistas, Alckmin admite rever pontos da reforma trabalhista

S?O PAULO (Reuters) - O candidato do PSDB ? Presid?ncia, Geraldo Alckmin, admitiu nesta ter?a-feira que poder? rever pontos da reforma trabalhista, como as quest?es do trabalho intermitente e da permiss?o para que gr?vidas trabalhem em ambientes insalubres, caso seja eleito.

'Vamos sim corrigir os itens que precisam ser corrigidos da reforma trabalhista. Aqui bem colocada a quest?o do trabalhador intermitente e das mulheres gr?vidas em ambientes insalubres e outras quest?es que mere?am ser rediscutidas', disse Alckmin a sindicalistas em S?o Paulo.

'A gente quando ouve mais, erra menos. Governo moderno ? que est? interagindo, ouvindo, dialogando, para buscar as melhores solu??es', defendeu o ex-governador de S?o Paulo.

A nova legisla??o trabalhista entrou em vigor em meados de novembro passado, com mudan?as em mais de 100 pontos da Consolida??o das Leis do Trabalho (CLT). Prev?, entre outros pontos, que acordos entre empregados e empregadores se sobrep?em ? legisla??o vigente, busca diminuir a a??o da Justi?a trabalhista nas negocia??es entre as partes, permite o trabalho intermitente e o fatiamento das f?rias em tr?s per?odos.

FRENTE PARLAMENTAR AGROPECU?RIA

Alckmin classificou ainda o apoio da Frente Parlamentar Agropecu?ria ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, como 'desrespeitosa'.

'Eu acho a manifesta??o da frente at? desrespeitosa, porque eu tamb?m sou agricultor e n?o fui consultado. Os deputados e senadores n?o foram consultados. Quem que eles consultaram? ? uma coisa individual, extempor?nea, fora de hora', afirmou Alckmin a jornalistas. 'Lamento profundamente'.

A candidata ? vice-presid?ncia na chapa de Alckmin, senadora Ana Am?lia (PP-RS), ? integrante Frente Parlamentar da Agropecu?ria.

Al?m dela, diversos parlamentares de partidos do centr?o, um bloco que fechou apoio a Alckmin, tamb?m integram o grupo, incluindo a presidente da Frente, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), que se reuniu pessoalmente com Bolsonaro nesta ter?a-feira.

HADDAD

Alckmin n?o comentou a declara??o do candidato petista, Fernando Haddad, de que o aumento do seu ?ndice de rejei??o na pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira est? ligado aos ataques que vem recebendo do tucano.

Haddad afirmou tamb?m que os ataques n?o t?m beneficiado Alckmin, mas sim o 'fascista', em alus?o ao l?der das pesquisas, Jair Bolsonaro.

'A elei??o est? em aberto, ? claro que ? natural que haja uma ansiedade, mas campanha precisa ser feita com convic??o naquilo que a gente acredita. Eu acho que as duas candidaturas s?o ruins para o pa?s, elas n?o v?o trazer desenvolvimento, emprego, v?o trazer viol?ncia, v?o alimentar o radicalismo, precisamos unir o Brasil', disse Alckmin.

O tucano, que na pesquisa Ibope aparece est?vel com 8 por cento das inten??es de voto, adotou a estrat?gia de atacar Haddad e Bolsonaro, l?deres das pesquisas, na inten??o de garantir uma vaga no segundo turno.

Ao encerrar sua fala no evento para sindicalistas, Alckmin afirmou que 'pesquisa que vale ? a do dia 7, ? voto na urna'.

(Por La?s Martins)