Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

ENTREVISTA-Estatal Nuclep expande e prevê faturar R$300 mi com torres de energia até 2022

Placeholder - loading - Torres e linhas de transmissão de energia em Santo Antônio do Jardim (SP)  06/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker
Torres e linhas de transmissão de energia em Santo Antônio do Jardim (SP) 06/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker

Publicada em  

Atualizada em  

Por Luciano Costa

S?O PAULO (Reuters) - A estatal Nuclebr?s Equipamentos Pesados, a Nuclep, que atua principalmente no fornecimento de equipamentos para os setores nuclear e de defesa, decidiu ampliar os neg?cios para a ind?stria de transmiss?o de energia, na qual prev? faturar mais de 300 milh?es de reais em 2022.

A companhia, que possui um parque fabril em Itagua?, na regi?o metropolitana do Rio de Janeiro, fechou parcerias para passar a fabricar torres para linhas de transmiss?o e j? aposta em planos de expans?o no novo ramo, disse ? Reuters o presidente da empresa, Carlos Henrique Silva Seixas.

O movimento vem enquanto o governo avalia a poss?vel privatiza??o da Nuclep em meio a planos da administra??o Bolsonaro de amplas vendas de ativos estatais.

O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo manifestou-se no ano passado a favor da inclus?o da empresa no Plano Nacional de Desestatiza??o (PND), o que aguarda delibera??o presidencial.

Enquanto n?o h? decis?o nesse sentido, a aposta em diversifica??o dever? ajudar a garantir a sa?de financeira da empresa, ao gerar uma receita mais est?vel do que projetos nucleares e de defesa, que t?m sofrido atrasos, segundo o CEO.

'Para uma companhia que constr?i submarino, que constr?i equipamento nuclear, construir torres ? muito simples. Estamos entrando nesse mercado muito felizes, porque vai dar uma receita constante para a Nuclep, coisa que nesses 40 anos de empresa a gente nunca teve', disse Seixas, que ? contra-almirante da Marinha.

O plano da fabricante ligada ? estatal Comiss?o Nacional de Energia Nuclear (CNEN) aproveita uma forte demanda por equipamentos do setor de transmiss?o de energia no pa?s.

Seixas explicou que a companhia adquiriu as m?quinas para fabrica??o de torres de transmiss?o em acordo com a Metha Engenharia e agora possui capacidade para fornecer at? 12 mil toneladas desses equipamentos por ano.

Essa capacidade ainda dever? ser ampliada nos pr?ximos meses para cerca de 40 mil toneladas por ano, com a compra de cinco novas m?quinas.

A expans?o j? ser? necess?ria para atender ao primeiro contrato de fornecimento fechado pela Nuclep no setor, que prev? a entrega de torres para um projeto controlado pela francesa Engie que ser? constru?do pela empreiteira Tabocas.

'A gente come?a nos pr?ximos dois ou tr?s meses a entregar as primeiras torres, e vai at? ano que vem, at? meados de 2021', afirmou Seixas sobre o neg?cio.

As torres v?o para o projeto Novo Estado, que envolve a constru??o de cerca de 1,8 mil quil?metros em linhas de transmiss?o entre o Par? e Tocantins. O empreendimento foi adquirido recentemente pela Engie junto ? indiana Sterlite.

'Nossa ideia ? partir neste ano de um faturamento de mais de 100 milh?es de reais, para chegar ano que vem a 240 milh?es. Dependendo da demanda, poder?amos chegar a talvez 300 milh?es em 2022', afirmou Seixas.

Essa evolu??o ainda prev? uma nova expans?o da capacidade produtiva da empresa em torres, para 60 mil toneladas por ano, acrescentou ele.

'Vamos ver como ser? a resposta do mercado, ? um segmento que est? bastante pujante e estamos entrando com boas expectativas.'

O setor de transmiss?o de eletricidade do Brasil tem atra?do fortes interesse de investidores locais e internacionais nos ?ltimos anos, em meio ? licita??o pelo governo de bilh?es de reais em novos empreendimentos.

No final do ano passado, a Tabocas, que atua na constru??o de linhas, disse ? Reuters que a r?pida expans?o no setor gerou um gargalo na ind?stria brasileira de torres para linhas de transmiss?o, com falta de equipamentos no mercado.

PERSPECTIVAS

O CEO da Nuclep disse que, com ajuda dos contratos de transmiss?o e expectativas de outros neg?cios, a empresa deve ter em 2020 o maior faturamento de sua hist?ria.

O contra-almirante, no entanto, n?o revelou n?meros sobre o faturamento da estatal, criada em 1975, durante o governo militar do presidente Ernesto Geisel.

Seixas destacou que conversas sobre a privatiza??o da companhia est?o em fase inicial e que ainda n?o h? passos concretos nesse sentido, o que depender? tamb?m da defini??o de uma modelagem para o neg?cio.

Segundo ele, a ideia ? tocar os neg?cios da empresa naturalmente enquanto isso, inclusive com esfor?os para melhorar suas finan?as.

Em 2019, a empresa enxugou a folha de pagamento em 100 milh?es de reais, afirmou.

O executivo tamb?m disse que a empresa est? se preparando para atuar na constru??o do que deve ser o primeiro submarino com propuls?o nuclear do Brasil e da Am?rica Latina.

Por enquanto, a Nuclep j? tem contrato para confeccionar parte do prot?tipo do reator nuclear que est? sendo desenvolvido pela Marinha para equipar o futuro submarino.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. entrevista estatal nuclep …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.