EUA dizem que mataram general iraniano para impedir ataques contra norte-americanos; Irã promete vingança
Publicada em
Por Ahmed Rasheed, Ahmed Aboulenein e Idrees Ali
BAGD?/WASHINGTON, 3 Jan (Reuters) - O Ir? prometeu vingan?a depois que um ataque a?reo dos Estados Unidos em Bagd? na sexta-feira matou Qassem Soleimani, o mais importante comandante militar de Teer? e arquiteto da crescente influ?ncia iraniana no Oriente M?dio.
Soleimani, um general de 62 anos que chefiava a divis?o do exterior da Guarda Revolucion?ria, era considerado a segunda figura mais poderosa do pa?s, ap?s o l?der supremo aiatol? Ali Khamenei.
O ataque durante a noite, autorizado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, foi uma grande escalada em uma 'guerra nas sombras' no Oriente M?dio entre o Ir? e Estados Unidos e aliados norte-americanos, principalmente Israel e Ar?bia Saudita.
Uma autoridade de alto escal?o do governo Trump disse que o general planejava ataques iminentes a representantes dos EUA em todo o Oriente M?dio. Cr?ticos democratas disseram que a ordem do presidente republicano foi imprudente e que ele aumentou o risco de mais viol?ncia em uma regi?o perigosa.
?Soleimani estava planejando ataques iminentes e sinistros contra diplomatas e militares americanos, mas n?s o pegamos no ato e terminamos isso', disse Trump a jornalistas no resort de Mar-a-Lago, na Fl?rida.
'Agimos na noite passada para parar uma guerra. N?o agimos para come?ar uma guerra.'
Trump afirmou que os EUA n?o buscam uma mudan?a de regime no Ir?, mas que Teer? precisa acabar com o que chamou de agress?o na regi?o, incluindo o uso de combatentes por procura??o.
Um importante general dos EUA alertou que os planos de Soleimani ainda podem ser executados, apesar de sua morte. Autoridades dos EUA disseram que Washington estava enviando cerca de 3.000 soldados a mais para o Oriente M?dio, juntando-se aos cerca de 750 enviados ao Kuweit nesta semana.
O ataque, que tamb?m matou um importante comandante da mil?cia iraquiana e conselheiro de Soleimani, Abu Mahdi al-Muhandis, dividiu a opini?o iraquiana.
Muitos condenaram os ataques, vendo Soleimani como um her?i por seu papel na derrota do grupo militante Estado Isl?mico. Outros expressaram aprova??o, dizendo que Soleimani e Muhandis haviam apoiado o uso da for?a contra manifestantes antigoverno desarmados no ano passado e estabeleceram mil?cias que os manifestantes culpam por muitos dos problemas sociais e econ?micos do Iraque.
OPERA??O DE INTELIG?NCIA
Duas fontes de seguran?a iraquianas afirmaram que o ataque ocorreu ap?s uma opera??o de intelig?ncia na qual fontes internas recrutadas pela CIA revelaram o momento da chegada de Soleimani a Bagd? e sa?da de seu comboio do aeroporto.
Khamenei disse que uma dura vingan?a aguarda os 'criminosos' que mataram Soleimani, e que sua morte vai redobrar a resist?ncia contra os Estados Unidos e Israel. Ele pediu tr?s dias de luto nacional.
O ministro das Rela??es Exteriores do Ir?, Mohammad Javad Zarif, declarou que o ataque foi um ato de 'terrorismo internacional' e que o Ir? tomar? medidas jur?dicas para responsabilizar Washington.
Autoridades dos EUA disseram que Soleimani foi morto em um ataque de drone. O Ir? afirmou que ele morreu em um ataque de helic?pteros dos EUA.
Israel colocou seu Ex?rcito em alerta m?ximo e os aliados norte-americanos na Europa, incluindo Reino Unido, Fran?a e Alemanha, manifestaram preocupa??es.
O secret?rio-geral da ONU, Ant?nio Guterres, pediu 'prud?ncia m?xima'. O principal inimigo ?rabe do Ir?, a Ar?bia Saudita, defendeu modera??o.
O ministro das Rela??es Exteriores da R?ssia, Sergei Lavrov, disse ao seu colega dos EUA, Mike Pompeo, em um telefonema, que o assassinato 'viola grosseiramente o direito internacional' e levaria a s?rias consequ?ncias para a paz e estabilidade regionais, de acordo com um comunicado do minist?rio.
A embaixada dos EUA em Bagd? orientou os cidad?os norte-americanos a deixarem o Iraque imediatamente, e dezenas de cidad?os dos EUA que trabalham para empresas petrol?feras estrangeiras na cidade de Basra, no sul, partiram.
Escrito por Reuters
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