Polícia do Paraná prende ex-governador Beto Richa em investigação sobre propina
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Por Pedro Fonseca
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-governador do Paran? e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) foi preso na manh? desta ter?a-feira pela pol?cia ao lado de mulher, de um irm?o e de aliados em opera??o realizada pelo Grupo de Atua??o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Minist?rio P?blico do Estado para investigar suspeita de direcionamento de licita??o e pagamento de propina.
O pol?tico foi preso no ?mbito de uma investiga??o do MP do Paran? sobre irregularidades no programa Patrulha do Campo, implantado para recuperar e modernizar estradas rurais paranaenses por meio da loca??o de m?quinas pesadas pelo governo, informou o Minist?rio P?blico em comunicado.
Foram expedidos no total 15 mandados de pris?o tempor?ria e 26 mandados de busca e apreens?o em Curitiba e outros munic?pios paranaenses, tendo como alvos resid?ncias, escrit?rios, empresas e a sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paran?.
'As medidas, determinadas pelo Ju?zo da 13? Vara Criminal de Curitiba, visam investigar o programa Patrulha do Campo, do Governo do Estado do Paran?, no per?odo 2012 a 2014, apurando-se ind?cios de direcionamento de licita??o para beneficiar empres?rios e pagamento de propina a agentes p?blicos, al?m de lavagem de dinheiro e obstru??o da Justi?a', disse o MP.
A defesa de Beto Richa afirmou, em nota nesta manh?, que n?o sabia a raz?o das ordens judiciais proferidas e ainda n?o tinha obtido acesso ? investiga??o.
LAVA JATO
Tamb?m nesta ter?a-feira, o ex-chefe de gabinete de Richa foi alvo de mandado de pris?o no ?mbito da opera??o Lava Jato por um outro esquema de corrup??o, este envolvendo suspeita de pagamento de propina por parte da empreiteira Odebrecht a agentes p?blicos e privados do Paran? no ano de 2014, quando Richa era o governador.
De acordo com o Minist?rio P?blico Federal e a Pol?cia Federal, a empreiteira fez pagamentos irregulares de ao menos 4 milh?es de reais em contrapartida ao poss?vel direcionamento do processo licitat?rio para investimento na duplica??o, manuten??o e opera??o da rodovia estadual PR-323.
Nessa a??o, a Justi?a Federal expediu 36 mandados judiciais a serem cumpridos nas cidades de Curitiba, Lupian?polis (PR), Colombo (PR), Salvador e S?o Paulo, sendo tr?s mandados de pris?o, todos em Curitiba.
Al?m do ex-chefe de gabinete de Richa, tamb?m foram expedidos mandados de pris?o contra um empres?rio apontado pelas autoridades como operador financeiro do ex-governador e um bra?o direito desse suposto operador.
'O objetivo ? aprofundar as investiga??es sobre a pr?tica de crimes de corrup??o, lavagem de dinheiro e fraude ? licita??o referentes ? duplica??o da PR-323, favorecendo a empresa Odebrecht', disse o MPF em comunicado.
'As evid?ncias mostraram que, no final de janeiro de 2014, executivos da Odebrecht procuraram o ent?o chefe de gabinete do governador e solicitaram apoio para afastar eventuais concorrentes interessados na licita??o da parceria p?blico-privada (PPP) para explora??o e duplica??o da PR-323', acrescentou.
A Odebrecht, que fechou acordos de leni?ncia e dela??o premiada em que admitiu ter cometido diversas irregularidades e aceitou pagar multas milion?rias no ?mbito da Lava Jato, disse em nota que 'continua cooperando com as autoridades e est? focada no exerc?cio de suas atividades e na conquista de novos projetos'.
Escrito por Redação
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