Exames mostram alterações cerebrais em membros da embaixada dos EUA em Havana

Por Gene Emery

(Reuters) - Tomografias cerebrais avan?adas de funcion?rios da embaixada dos Estados Unidos em Havana que disseram ter adoecido enquanto serviam em Cuba revelaram diferen?as consider?veis quando comparadas ?s de um grupo de refer?ncia, segundo um novo estudo publicado na ter?a-feira.

Mas a descoberta n?o ajuda muito a determinar a causa de uma s?rie de incidentes de sa?de misteriosos que levaram o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, a retirar muitos funcion?rios de Cuba.

Pesquisadores da Universidade da Pensilv?nia disseram que os sintomas descritos pelos funcion?rios da embaixada podem estar refletidos em suas tomografias cerebrais quando estas s?o comparadas ?s de volunt?rios saud?veis.

A diferen?a '? de cair o queixo', disse ? Reuters a pesquisadora-chefe, doutora Ragini Verma, professora de radiologia da universidade, em uma entrevista por telefone.

'A maioria destes pacientes teve um tipo particular de sintomas, e existe uma anormalidade cl?nica que est? sendo refletida em uma anomalia de imagem', explicou.

Mas nas conclus?es publicadas pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), Verma e seus colegas disseram que n?o est? claro se os padr?es cerebrais se traduzem diretamente em problemas de sa?de significativos. Imagens iniciais de resson?ncia magn?tica de 21 funcion?rios da embaixada de Havana n?o revelaram anormalidades.

Em um comunicado, o governo cubano disse que o estudo n?o condiz com outros anteriores e s? serviu para obscurecer ainda mais o quadro, e tampouco ajudou a se chegar mais perto do motivo dos inc?modos relatados pelos diplomatas.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse: 'O departamento est? ciente do estudo e louva o debate da comunidade m?dica sobre este assunto incrivelmente complexo'.

Os problemas de sa?de de mais de duas d?zias de funcion?rios surgiram em 2016, depois que a gest?o do ex-presidente Barack Obama reabriu a embaixada na tentativa de melhorar as rela??es com a ilha-na??o comunista. A maioria dos funcion?rios foi retirada de Cuba em 2017.

Os sintomas inclu?ram dor de cabe?a, zumbido nos ouvidos, perturba??es de sono, dificuldade para pensar, problemas de mem?ria, tontura e problemas de equil?brio.

(Reportagem adicional de David Alexander, em Washington, e Sarah Marsh, em Havana)