CORREÇÃO-EUA investigam esquema de propina em negociação de petróleo no Brasil
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Por Gary McWilliams
HOUSTON (Reuters) - (Corrige no 9? par?grafo informa??o em mat?ria do dia 7/02, para indicar que a propina foi paga a funcion?rios j? demitidos da Petrobras, e n?o para a companhia, segundo autoridades do Brasil)
O Departamento de Justi?a dos EUA est? investigando um ex-negociador de petr?leo da Petrobras baseado nos EUA, j? acusado no Brasil, quanto ? participa??o em um esquema de corrup??o envolvendo as tradings de commodities Vitol, Glencore e Trafigura, segundo pessoas familiarizadas ao assunto.
Essa foi a primeira confirma??o de que investigadores norte-americanos se juntaram ? nova fase da opera??o Lava Jato, que colocou mais de 130 pol?ticos e empres?rios na pris?o em toda a Am?rica Latina.
A Procuradoria dos EUA no Distrito Leste de Nova York tem conversado com Rodrigo Garcia Berkowitz, negociador de petr?leo baseado em Houston j? investigado no Brasil por aceitar milh?es de d?lares em propinas para ele pr?prio e para outros, segundo uma das pessoas com conhecimento do caso.
Berkowitz, de 39 anos, est? cooperando com as autoridades norte-americanas na investiga??o e pode enfrentar acusa??es nos EUA, disse uma das pessoas, apesar de no momento ainda n?o ter sido acusado.
Berkowitz n?o foi encontrado para comentar o assunto, e n?o ? conhecido de imediato qual escrit?rio de advocacia o representa.
Promotores brasileiros declararam que executivos das empresas de commodities, incluindo alguns nos EUA, estavam envolvidos em pagamentos indevidos a executivos da Petrobras, e que Berkowitz e outros trabalhavam diretamente com essas empresas.
Vitol, Glencore, Trafigura e outras pagaram conjuntamente, em um per?odo de seis anos, ao menos 31 milh?es de d?lares em propinas para integrantes da Petrobras para assegurar vantagens em neg?cios, disseram procuradores brasileiros.
O caso de Nova York sinaliza que os procuradores dos EUA est?o examinando os bra?os norte-americanos da Vitol e de outros implicados pelas autoridades brasileiras, j? que alguns desses fundos foram movimentados atrav?s de sistemas banc?rios norte-americanos e europeus.
As propinas pagas a funcion?rios da Petrobras, j? demitidos, passaram por contas nos Estados Unidos, Gr?-Bretanha, Su?cia, Su??a e Uruguai, de acordo com autoridades brasileiras, abrindo espa?o para procuradores dos EUA investigarem viola??es na legisla??o norte-americana.
Em dezembro, Mike Loya, chefe das opera??es da Vitol nos EUA, baseadas em Houston, foi citado em documentos brasileiros que acusavam Berkowitz e outros de terem total conhecimento do esquema de negocia??o. Loya n?o foi acusado. Ele n?o respondeu aos pedidos de coment?rios.
Nesta quinta-feira, promotores federais do Brasil se recusaram a dizer se estavam colaborando com o Departamento de Justi?a dos EUA no caso.
Vitol, Trafigura e Glencore se recusaram a comentar as investiga??es norte-americanas.
Vitol e Glencore reiteraram declara??es anteriores de que est?o cooperando com autoridades brasileiras, e a Trafigura afirmou que leva as alega??es a s?rio. Todos foram suspensos de negocia??es com a Petrobras.
O Brasil emitiu no in?cio de dezembro um alerta vermelho da Interpol chamando Berkowitz de fugitivo de acusa??es e requerendo sua pris?o. O escrit?rio policial de Houston afirmou neste m?s n?o ter recebido solicita??o de pris?o para Berkowitz.
Autoridades norte-americanas prenderam h? dois meses Luiz Eduardo Loureiro Andrade, empres?rio brasileiro, sob alega??es de que ele intermediou propinas da Vitol e de outros para membros da Petrobras, segundo documentos judiciais brasileiros.
Andrade, Berkowitz e outros nove foram acusados no Brasil em dezembro com alega??es de que intermediaram neg?cios da Vitol e de outras firmas de com?rcio entre 2011 e 2014. Andrade n?o foi localizado para coment?rios.
(Reportagem adicional de Brad Brooks em S?o Paulo e Julia Payne em Londres)
((Tradu??o Reda??o S?o Paulo, 55 11 56447745))
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Escrito por Redação
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