EXCLUSIVO-Táticas protelatórias de Mianmar impedem retorno de rohingyas, diz Bangladesh
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Por Jonathan Spicer e Rodrigo Campos
NOVA YORK (Reuters) - A l?der de Bangladesh acusou o governo do vizinho Mianmar de encontrar novas desculpas para adiar o retorno de mais de 700 mil rohingyas que foram for?ados a cruzar a fronteira ao longo do ?ltimo ano, e disse em uma entrevista concedida na noite de ter?a-feira que sob nenhuma circunst?ncia os refugiados permanecer?o em seu pa?s j? superpovoado.
'J? tenho 160 milh?es de pessoas no meu pa?s', disse a primeira-ministra Sheikh Hasina quando indagada se Bangladesh estaria disposta a reverter sua pol?tica contra a integra??o permanente. 'N?o posso receber mais nenhum fardo. N?o posso receb?-lo. Meu pa?s n?o suporta'.
Sheikh conversou com a Reuters em Nova York, onde participa da reuni?o anual de l?deres mundiais na Organiza??o das Na??es Unidas (ONU).
A premi?, que enfrenta uma elei??o nacional em dezembro, disse que n?o quer comprar uma briga com Mianmar por causa dos refugiados, mas insinuou que est? ficando sem paci?ncia com a l?der de Mianmar e vencedora do Pr?mio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, e com seus militares, que ela disse deterem o 'poder principal' na na??o.
Sheikh j? pediu que a comunidade internacional pressione Mianmar para que implante o acordo.
Liga??es para o porta-voz do governo de Mianmar, Zaw Htay, n?o tiveram resposta. Recentemente ele disse que n?o responder? mais perguntas da m?dia pelo telefone, mas em uma coletiva de imprensa duas vezes por semana.
Os rohingyas fugiram para campos de refugiados de Bangladesh depois de uma campanha militar violenta contra a minoria mu?ulmana no Estado de Rakhine. Em novembro os dois pa?ses chegaram a um acordo para iniciar a repatria??o em dois meses, mas esta nem come?ou, e rohingyas ap?tridas continuam cruzando a divisa com Bangladesh e seguindo para os campos de refugiados de Cox's Bazar.
Escrito por Redação
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