Expansão de serviços no Brasil perde força em fevereiro com entrada menor de novos pedidos, aponta PMI
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Por Camila Moreira
S?O PAULO (Reuters) - O crescimento do setor de servi?os do Brasil perdeu for?a em fevereiro, com um volume menor de novos pedidos, produ??o e empregos acompanhado de enfraquecimento do sentimento em rela??o aos neg?cios, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa ?ndice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em ingl?s) do IHS Markit.
O PMI de servi?os caiu a 50,4 em fevereiro, de 52,7 em janeiro. Assim, o dado ainda permaneceu acima da marca de 50, que separa crescimento de contra??o, por?m atingiu o n?vel mais fraco na atual sequ?ncia de oito meses de expans?o.
A pesquisa mostrou que as empresas que registraram crescimento citaram a conquista de novos clientes e vendas melhores. Por outro lado, as que tiveram contra??o relataram demanda mais fraca e condi??es desafiadoras de mercado.
O IHS Markit informou que o volume de novos pedidos de servi?os cresceu a um ritmo mais lento, mas ainda assim s?lido. Tr?s das cinco principais ?reas tiveram crescimento, com destaque para Finan?as e Seguros. As exce??es foram Transporte e Armazenamento e Informa??o e Comunica??o.
'A desacelera??o no setor de servi?os foi resultado do enfraquecimento das condi??es de demanda, com as empresas registrando o aumento mais fraco em novos neg?cios em tr?s meses', avaliou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.
'Dito isso, quando olhamos os dados vemos uma clara imcompatibilidade no desempenho', completou.
Entretanto, houve quedas cont?nuas nos novos pedidos do exterior, embora a taxa de contra??o tenha se enfraquecido em rela??o a janeiro.
As empresas de servi?os continuaram a contratar funcion?rios em fevereiro, chegando a sete meses seguidos de cria??o de vagas diante da demanda mais elevada e das proje??es otimistas de crescimento. Entretanto, o aumento da folha salarial foi mais baixo do que em janeiro, com algumas empresas relatando tentativas de redu??o de custos.
Em rela??o aos custos, o fortalecimento do d?lar aliado aos pre?os mais altos de alimentos, combust?veis e pe?as levou a um aumento das despesas operacionais, mas ainda assim a taxa de infla??o atingiu uma m?nima em tr?s meses em fevereiro.
Ao mesmo tempo que algumas empresas repassaram os custos e elevaram seus pre?os, outras optaram por deix?-los inalterados como tentativa de se manterem competitivas. Assim, os pre?os m?dios cobrados aumentaram apenas ligeiramente no m?s.
Ao longo dos pr?ximos 12 meses, os fornecedores brasileiros de servi?os preveem crescimento da atividade. Apesar de na m?nima em quatro meses, o grau de otimismo segue alto para padr?es hist?ricos e sustentado por expectativas de melhores condi??es econ?micas, novos projetos e aprova??o de reformas p?blicas.
O desempenho mais fraco de servi?os pressionou o setor privado brasileiro mesmo com a ind?sstria ganhando tra??o em fevereiro. Com isso, o PMI Composto caiu para 50,9, de 52,2 em janeiro, igualando o menor n?vel da atual sequ?ncia de oito meses de aumentos.
Escrito por Reuters
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