Facebook identifica campanha coordenada de influência política em suas plataformas

(Reuters) - O Facebook identificou uma campanha coordenada de influ?ncia pol?tica por meio de dezenas de contas n?o aut?nticas em sua plataforma antes das elei??es de novembro nos Estados Unidos, informou a empresa nesta ter?a-feira.

A rede social afirmou que removeu 32 p?ginas e contas do Facebook e do Instagram por estarem envolvidas em 'comportamento n?o aut?ntico coordenado'.

A empresa disse que ainda est? nos est?gios iniciais da investiga??o e ainda n?o sabe quem est? por tr?s da campanha de influ?ncia para as elei??es de 2018, que vai determinar se o Partido Republicano mant?m o controle do Congresso.

A vice-presidente de opera??es do Facebook, Sheryl Sandberg, disse a jornalistas que as tentativas de manipular a opini?o p?blica provavelmente se tornariam mais sofisticadas para evitar o escrut?nio da rede social, chamando o movimento de 'corrida armamentista'.

'Esse tipo de comportamento n?o ? permitido no Facebook porque n?o queremos que pessoas ou organiza??es que criam redes de contas enganem os outros sobre quem s?o ou o que est?o fazendo', disse a empresa.

Mais de 290 mil contas seguiram pelo menos uma das p?ginas e cerca de 11 mil d?lares foram gastos em cerca de 150 an?ncios, disse a empresa. As p?ginas criaram cerca de 30 eventos desde maio de 2017.

QUEST?ES DIVISIVAS

O Facebook identificou atividade de influ?ncia em torno de pelo menos duas quest?es, incluindo um protesto em oposi??o a manifesta??o 'Unite the Right II', marcada para a pr?xima semana em Washington. A outra foi a campanha #AbolishICE, contra a pol?tica de imigra??o do presidente Donald Trump. A rede social disse que diria aos usu?rios que manifestaram interesse no contra-protesto quais a??es foram tomadas e porqu?.

O Facebook disse que estava revelando o esfor?o de influ?ncia agora em parte por causa das manifesta??es. Um evento no ano passado na Carolina do Sul levou ? viol?ncia de supremacistas brancos.

Funcion?rios do Facebook disseram que uma conta conhecida da Ag?ncia de Pesquisa da Internet da R?ssia foi co-administradora de uma das p?ginas falsas por sete minutos, mas a empresa n?o acredita que isso seja evid?ncia suficiente para atribuir a campanha ao governo russo.

Antes, a empresa j? havia dito que 126 milh?es de norte-americanos podem ter visto conte?do pol?tico apoiado por russos no Facebook durante um per?odo de dois anos, e que 16 milh?es podem ter sido expostos a informa??es russas no Instagram.

Um bra?o de propaganda russo tentou adulterar a elei??o de 2016 nos EUA, publicando e comprando an?ncios no Facebook, segundo a empresa e as ag?ncias de intelig?ncia norte-americanas. Moscou negou envolvimento.

Nos ?ltimos meses, a empresa tomou medidas para garantir aos legisladores dos EUA e da Europa que a regulamenta??o adicional ? desnecess?ria. O diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, diz que a empresa tem 20 mil pessoas trabalhando para policiar e proteger o local.

Os custos associados a esse esfor?o s?o parte do motivo pelo qual o Facebook disse na semana passada que espera que suas margens de lucro caiam, um alerta que fez as a??es ca?rem cerca de 25 por cento, a maior perda de valor de mercado da hist?ria do mercado de a??es nos EUA.

(Por Munsif Vengattil)