Famílias coreanas separadas pela guerra se reencontram após 65 anos
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Por Hyonhee Shin
SEUL (Reuters) - Cerca de 90 fam?lias das Coreias do Norte e do Sul choraram e se abra?aram nesta segunda-feira, quando os pa?ses vizinhos realizaram os primeiros reencontros em tr?s anos para parentes afastados pela Guerra da Coreia durante mais de seis d?cadas.
As reuni?es breves devem durar pouco menos de 11 horas nos pr?ximos tr?s dias no balne?rio tur?stico do Monte Kumgang, na Coreia do Norte, como resultado da retomada dos contatos bilaterais neste ano na esteira de um impasse provocado pelos programas nuclear e de m?sseis de Pyongyang.
O l?der norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, acertaram o evento de reencontro durante uma c?pula em abril.
Cerca de 330 sul-coreanos de 89 fam?lias, muitos em cadeiras de rodas, abra?aram 185 familiares que vivem no vizinho do norte. Alguns tiveram dificuldades para reconhecer familiares que n?o viam h? mais de 60 anos.
'Como voc? pode estar t?o velha?', perguntou Kim Dal-in, de 92 anos, ? sua irm?, Yu Dok, ap?s contempl?-la brevemente em sil?ncio.
'Vivi todo este tempo para encontr?-lo', respondeu a parente de 85 anos, enxugando as l?grimas e segurando uma foto do irm?o ainda jovem.
As fam?lias separadas s?o v?timas de um impasse pol?tico de d?cadas porque a guerra de 1950-53 terminou em uma tr?gua, n?o um tratado de paz, e os la?os ficaram mais tensos ? medida que Pyongyang intensificava seus programas de armas.
Mais de 57 mil sobreviventes sul-coreanos se registraram para os reencontros familiares, que geralmente terminam em despedidas dolorosas.
Seul passou anos pedindo reuni?es frequentes entre fam?lias separadas, inclusive por meio de videoconfer?ncias, mas a iniciativa muitas vezes foi prejudicada pela fragilidade dos la?os.
Em sua c?pula hist?rica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em junho, Kim prometeu abandonar os programas nucleares de seu pa?s se Washington oferecer garantias de seguran?a, mas desde ent?o os dois lados t?m se mostrado incapazes de combinar uma forma de alcan?ar esse objetivo.
Os reencontros deveriam aumentar consideravelmente, ser realizados com frequ?ncia e incluir visitas e cartas m?tuas, disse Moon, ele mesmo pertencente a uma fam?lia separada de Hungnam, cidade portu?ria do leste da Coreia do Norte.
Os reencontros, que come?aram em 1985, ?s vezes s?o uma experi?ncia traum?tica, dizem sobreviventes que sabem que dificilmente voltar?o a ver seus familiares, j? que muitos t?m 80 anos ou mais e os que est?o sendo contemplados pela primeira vez normalmente t?m prioridade para visitas.
Escrito por Redação
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