Fernández designa assessores para transição na Argentina; mercados aguardam ansiosos

Por Nicol?s Misculin

BUENOS AIRES (Reuters) - O peronista Alberto Fern?ndez designou quatro assessores para iniciar a transi??o de governo ap?s vencer as elei??es presidenciais da Argentina no domingo, disse um de seus porta-vozes nesta ter?a-feira, dando ind?cios muito esperados pelos investidores sobre sua futura equipe.

O l?der de centro-esquerda se reuniu na segunda-feira com o presidente em fim de mandato, Mauricio Macri, em busca de um di?logo que permita reduzir os efeitos de uma crise econ?mica severa, mas a instabilidade dos mercados podia continuar nesta ter?a-feira devido ? incerteza pol?tica e financeira.

O porta-voz de Fern?ndez confirmou que Santiago Cafiero, Eduardo de Pedro, Gustavo Beliz e Vilma Ibarra negociar?o a transi??o de poder com os funcion?rios indicados por Macri. Entre os designados n?o h? nenhum economista, e por isso permanece a inc?gnita sobre quem liderar? a equipe econ?mica de Fern?ndez.

'A ?nica solu??o para liberar a tens?o do mercado ? um gesto de efeito positivo sobre a confian?a de uma equipe econ?mica cr?vel e um plano preventivo de negocia??es com o FMI (Fundo Monet?rio Internacional)', disse Siobhan Morden, diretora-gerente da Amherst Pierpont Securities, em um comunicado.

Cafiero ? visto como prov?vel chefe de gabinete de Fern?ndez, enquanto De Pedro --pol?tico pr?ximo da ex-presidenta e vice de Fern?ndez, Cristina Kirchner-- poderia ser ministro do Interior, segundo a m?dia argentina.

No domingo, Fern?ndez obteve 48,10% dos votos frente a 40,37% do neoliberal Macri, uma diferen?a menor do que a prevista que levou alguma tranquilidade aos investidores, que esperam ver uma oposi??o forte ap?s a troca de governo em dezembro.

Apesar de Fern?ndez ser considerado um pol?tico moderado, sua chegada ? Presid?ncia ? vista com preocupa??o pelos mercados financeiros, que temem regulamenta??es amplas da economia, como as adotadas por sua colega de chapa Cristina.

Na segunda-feira, os mercados da Argentina reagiram de forma variada -- houve alta do peso, mas queda nas a??es e nos t?tulos.

(Reportagem adicional de Gabriel Burin, Rodrigo Campos e Jorge Otaola)

((Tradu??o Reda??o Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

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