Fiat Chrysler e Peugeot traçam rumo para criação de 4ª maior montadora do mundo

Giulio Piovaccari?Geert De Clercq

MIL?O/PARIS (Reuters) - A Fiat Chrysler e a controladora da Peugeot, PSA, planejam juntar for?as em uma fus?o de iguais que criar? a quarta maior montadora de ve?culos do mundo, em busca de escala para bancarem pesados investimentos em novas tecnologias e enfrentarem desacelera??o da demanda.

Fiat Chrysler (FCA) e PSA anunciaram nesta quinta-feira que pretendem alcan?ar um acordo vinculante para criarem um grupo automotivo de 50 bilh?es de d?lares e que ter? a??es listadas em Paris, Mil?o e Nova York. O presidente-executivo do novo grupo ser? o atual presidente da PSA, Carlos Tavares, e o presidente do conselho de administra??o ser? o atual presidente da FCA, John Elkann.

No Brasil, o grupo combinado deve ultrapassar General Motors e Volkswagen em vendas de ve?culos. No acumulado de janeiro a setembro, FCA e PSA registram 395,5 mil licenciamentos ante 345,75 mil da GM e 304,6 mil do grupo Volkswagen, segundo dados da Fenabrave.

No pa?s, maior mercado da Fiat for a da It?lia, a FCA possui duas f?bricas de ve?culos - Betim (MG) e Goiana (PE) - com capacidade total para cerca de 1 milh?o de carros por ano, al?m de duas f?bricas de motores capazes de produzir 1,4 milh?o de propulsores a cada ano. J? a PSA tem um polo automotivo em Porto Real (RJ), incluindo f?bricas de ve?culos e motores.

O grupo ter? as marcas Fiat, Jeep, Dodge, Ram, Chrysler, Alfa Romeo, Maserati, Peugeot, Citroen, DS, Opel e Vauxhall, incluindo carros populares, de luxo, utilit?rios esportivos e ve?culos comerciais.

O an?ncio ocorreu menos de cinco meses depois que a FCA desistiu de negocia??es para uma fus?o com a Renault.

Com a fus?o, a FCA ter? acesso a plataformas mais modernas de ve?culos da PSA, ajudando o grupo a cumprir normas mais r?gidas contra emiss?o de poluentes, enquanto a PSA, concentrada na Europa, vai se beneficiar dos neg?cios lucrativos da FCA nos Estados Unidos e em grandes mercados como Brasil.

O analista Philippe Houchois, da Jefferies, afirmou que o atingimento de uma fus?o de partes iguais significa que a PSA vai pagar um pr?mio de 32 por cento para assumir o controle da FCA.

As a??es da FCA saltavam mais de 11 por cento em Mil?o enquanto os pap?is da PSA em Paris despencaram at? 14 por cento.

'Os acionistas da PSA est?o assumindo mais risco que os da FCA', disse Houchois, embora ele admita que uma fus?o entre FCA e PSA ainda represente a combina??o mais l?gica e atraente da ind?stria.

PSA e FCA afirmaram que esperam concluir o acordo nas pr?ximas semanas. O neg?cio criar? um grupo com vendas de 8,7 milh?es de ve?culos por ano e que ficar? atr?s de Volkswagen, Toyota e Renault-Nissan.

As duas montadoras, que possuem f?bricas de ve?culos tamb?m no Brasil, t?m como objetivo economia de 3,7 bilh?es de euros, dos quais 80 por cento ser?o alcan?ados nos primeiros quatro anos do acordo. As empresas n?o mencionaram fechamento de f?bricas.