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Fiat Chrysler e Renault avaliam fusão de US$35 bilhões

Placeholder - loading - Carro da Fiat em feira de automóveis de Detroit 16/01/2018 REUTERS/Jonathan Ernst/File Photo
Carro da Fiat em feira de automóveis de Detroit 16/01/2018 REUTERS/Jonathan Ernst/File Photo

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Por Giulio Piovaccari e Laurence Frost

MIL?O/PARIS (Reuters) - A Fiat Chrysler apresentou uma proposta de fus?o de iguais com a Renault nesta segunda-feira para criar a terceira maior montadora de ve?culos do mundo e enfrentar os custos de desenvolvimento de novas tecnologias e mudan?as nas regulamenta??es do setor.

Se a proposta seguir adiante, a alian?a de mais de 35 bilh?es de d?lares vai alterar o cen?rio do mercado para rivais que incluem General Motors e PSA Group, que at? recentemente mantiveram negocia??es n?o conclu?das com a Fiat Chrysler (FCA). O neg?cio tamb?m pode incentivar novas transa??es semelhantes.

A Renault afirmou que est? estudando a proposta do grupo ?talo-americano com interesse e que considera a oferta como amig?vel.

As a??es da ambas as empresas saltaram mais de 10 por cento, com investidores dando boas vindas a um grupo automotivo que produzir? mais de 8,7 milh?es de ve?culos por ano e que poder? ter economias de custos anuais de 5 bilh?es de euros.

A uni?o, se bem sucedida, criar? o terceiro maior grupo de ve?culos do mundo, atr?s da japonesa Toyota e da alem? Volkswagen.

No Brasil, a fus?o refor?ar? posi??o de lideran?a de vendas do grupo FCA, ? frente de General Motors e Volkswagen. De janeiro a abril, segundo dados da associa??o de concession?rios Fenabrave, as vendas de carros e comerciais leves da FCA somaram 148,4 mil unidades ante 144,4 mil da GM e 116 mil do grupo alem?o. J? a Renault, quarta maior marca do mercado brasileiro, adicionaria na conta da FCA mais 70,5 mil unidades vendidas no primeiro quadrimestre do ano.

Mas analistas alertaram sobre grandes complica??es, incluindo a alian?a atual da Renault com a Nissan, o papel do Estado franc?s, que ? o maior acionista da Renault, e potencial oposi??o de pol?ticos e trabalhadores a cortes de custos.

'O mercado vai avaliar com cuidado as sinergias apresentadas uma vez que muito j? foi prometido antes e n?o houve uma ?nica fus?o de iguais no setor que j? tenha sido bem sucedida', disse o analista Arndt Ellinghorst, da Evercore ISI.

Com estas sensibilidades em mente, a FCA prop?s uma fus?o toda em a??es que ficar? sob uma holding holandesa. Depois de um dividendo de 2,5 bilh?es de euros aos atuais acionistas da FCA, os investidores de ambas as empresas ter?o cada qual metade da companhia combinada. A fam?lia Agnelli controla 29 por cento da FCA.

O grupo combinado ser? presidido pelo diretor dos investimentos da fam?lia Agnelli, John Elkann, afirmaram fontes com conhecimento do assunto ? Reuters. Enquanto isso, o presidente do conselho de administra??o da Renault, Jean-Dominique Senard, provavelmente ser? presidente-executivo da companhia.

O vice premi? italiano, Matteo Salvini, afirmou que a fus?o pode ser boa not?cia se ajudar a FCA a crescer, mas ? crucial que o neg?cio preserve empregos. Ele n?o comentou sobre a participa??o de 15 por cento do governo franc?s na Renault, mas um importante parlamentar no partido governista Liga afirmou que Roma pode tamb?m querer uma participa??o na nova empresa para equilibrar a fatia detida por Paris.

Em carta aos funcion?rios vista pela Reuters, o presidente-executivo da FCA, Mike Manley, alertou que a fus?o com a Renault pode levar mais de um ano para ser conclu?da.

A FCA tem um neg?cio altamente lucrativo na Am?rica do Norte com as picapes RAM e a marca Jeep, mas perdeu dinheiro na Europa no ?ltimo trimestre, onde a maior parte de suas f?bricas est? operando abaixo de 50 por cento da capacidade e enfrenta dificuldades com normas mais r?gidas de emiss?es de poluentes.

A Renault, enquanto isso, foi uma das primeiras empresas a investir em ve?culos el?tricos e tem forte presen?a em mercados emergentes, como a FCA no Brasil, mas n?o tem neg?cios nos Estados Unidos.

Um acordo, por?m, faria pouco para resolver a limitada presen?a de ambos os grupos na China, maior mercado automotivo do mundo.

A FCA afirmou que a decis?o pela fus?o foi 'fortalecida pela necessidade de se tomar decis?es corajosas para capturar uma escala de oportunidades criadas pela transforma??o da ind?stria de ve?culos'.

O custo enorme destas mudan?as, incluindo amea?as de novos entrantes como a Tesla em carros el?tricos e Uber e Google em ve?culos aut?nomos, tem pressionado montadoras de ve?culos a trabalharem mais juntas, incluindo Volkswagen e Ford.

Escrito por Redação

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