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FMI passa a ver contração de 5,3% da economia do Brasil em 2020 com pandemia de coronavírus

Placeholder - loading - Sede do FMI, em Washington, EUA 08/04/2019 REUTERS/Yuri Gripas
Sede do FMI, em Washington, EUA 08/04/2019 REUTERS/Yuri Gripas

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Por Camila Moreira

S?O PAULO (Reuters) - A economia do Brasil deve contrair 5,3% este ano, em linha com a retra??o esperada para a Am?rica Latina, uma vez que a pandemia de coronav?rus pressiona a atividade global, de acordo com as perspectivas do Fundo Monet?rio Internacional (FMI) divulgadas nesta ter?a-feira.

O relat?rio Perspectiva Econ?mica Global do FMI se concentra basicamente nas consequ?ncias provocadas pelo surto de coronav?rus em todo o mundo, que levou a isolamentos e fechamentos de ind?strias e empresas globalmente, afetando tanto produ??o quanto demanda.

A perspectiva de contra??o de 5,3% para o Brasil representa uma forte revis?o contra apenas alguns meses antes --em janeiro, a proje??o era de crescimento de 2,2% em 2020.

Confirmado esse n?mero, ser? o pior resultado anual para o PIB de toda a s?rie hist?rica disponibilizada pelo Banco Central e que compila dados do IBGE, a partir de 1962.

A economia do Brasil deve se recuperar em 2021, com expans?o de 2,9%, em dado 0,6 ponto percentual acima do que era previsto anteriormente.

O cen?rio para o Brasil fica em linha com aquele esperado tanto para a Am?rica Latina e Caribe quanto para Am?rica do Sul.

A Am?rica Latina deve encolher 5,2% este ano e se recuperar parcialmente em 2021, com alta de 3,4%, segundo as contas do FMI. A Am?rica do Sul, por sua vez, deve diminuir 5% agora e expandir 3,4% no pr?ximo ano.

Considerando a Am?rica Latina, contra??es mais fortes devem ser registradas este ano por Venezuela (-15,0%), Argentina (-5,7%) e Equador (-6,3%), al?m de M?xico (-6,6%).

'Como as consequ?ncias econ?micas refletem choques particularmente intensos em setores espec?ficos, as autoridades precisar?o implementar substanciais e direcionadas medidas fiscais, monet?rias e para o mercado financeiro a fim de sustentarem fam?lias e empresas afetadas', destacou o FMI no relat?rio.

Al?m do choque de produ??o e da incerteza no cen?rio provocado pelo coronav?rus, o FMI alertou ainda que, desta vez, estimular a atividade como seria de praxe em crises normais atrav?s da demanda agregada ? algo mais desafiador, dado que a crise agora ? consequ?ncia da necessidade de medidas de conten??o.

A taxa de desemprego no Brasil deve disparar a 14,7% em 2020 e cair a 13,5% em 2021, segundo o FMI, enquanto os pre?os ao consumidor devem subir respectivamente 3,6% e 3,3%.

O IBGE divulgar? os dados do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre em 29 de maio. A pesquisa Focus mais recente do Banco Central mostra que o mercado prev? contra??o de 1,96% este ano, indo a um crescimento de 2,70% em 2021.

A estimativa do FMI ainda ? um pouco mais pessimista do que a do Banco Mundial, que no fim de semana divulgou proje??o de recuo de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano.

A previs?o do governo ? de crescimento virtualmente zero (+0,02%) para o PIB neste ano, mas autoridades da equipe econ?mica --como o secret?rio do Tesouro, Mansueto Almeida, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto-- j? admitem que o desempenho poder? ser negativo.

Escrito por Reuters

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