Futuro ministro da Defesa diz que militares não darão cartas em governo Bolsonaro
Publicada em
Por Rodrigo Viga Gaier e Ricardo Brito
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os militares n?o dar?o as cartas no governo de Jair Bolsonaro, apesar da presen?a de nomes da caserna no primeiro escal?o do governo, disse neste domingo o general da reserva Augusto Heleno, que comandar? o Minist?rio da Defesa na gest?o de Bolsonaro, capit?o da reserva do Ex?rcito.
A equipe do presidente eleito tem afirmado que cerca de quatro militares far?o parte do minist?rio do futuro governo. At? o momento, al?m de Heleno, o coronel reformado da Aeron?utica Marcos Pontes est? quase garantido no Minist?rio da Ci?ncia e Tecnologia. Al?m deles, o vice-presidente eleito tamb?m ? um militar, o general da reserva do Ex?rcito Hamilton Mour?o.
A presen?a de tantos militares no alto escal?o levantou especula??es sobre o papel que eles ter?o no futuro governo e a oposi??o acusou Bolsonaro de representar um retorno ao regime militar, que governou o pa?s entre 1964 e 1985.
'O papel dos militares ser? o mesmo das ?ltimas d?cadas... v?o continuar apartid?rios, apol?ticos e fazendo sua tarefa constitucional', disse Heleno a jornalistas, em tom irritado, ap?s a vit?ria de Bolsonaro na elei??o deste domingo.
Para o futuro ministro da Defesa, afirmar que os militares ditar?o as regras na gest?o Bolsonaro '? loucura e s? cabe na cabe?a de quem n?o conhece nem as For?as Armadas nem o Bolsonaro'.
'Isso ? palha?ada e bobagem', disse Heleno aos jornalistas no hotel em que aliados de Bolsonaro acompanharam a apura??o dos votos neste domingo.
Tamb?m presente no hotel Gustavo Bebianno, presidente do PSL, partido de Bolsonaro, estimou que o capit?o da reserva ter? uma base de cerca de 300 parlamentares no Congresso. Ele afirmou que as reformas come?ar?o a ser tratadas j? no primeiro dia da nova gest?o.
Bebianno disse que Bolsonaro deve ir aos Estados Unidos para uma visita oficial, mas ela ainda n?o tem data marcada. Mais cedo, o presidente eleito disse ter recebido um telefonema do presidente dos EUA, Donald Trump, e classificou a conversa como 'um contato pessoal'.
O presidente do PSL disse ainda que a cirurgia para revers?o da colostomia a que Bolsonaro se submeteu ap?s sofrer uma facada no in?cio de setembro est? prevista para meados de dezembro.
Bebianno criticou ainda o advers?rio de Bolsonaro no segundo turno da elei??o presidencial, o petista Fernando Haddad, por n?o ter parabenizado o candidato do PSL em seu discurso na noite deste domingo, mas afirmou que n?o esperava algo diferente do PT.
'O PT vai ficar isolado como sempre, porque suas pautas s?o sempre negativas, porque o amor deles ? pelo poder e n?o pelo Brasil?, disse Bebianno, que admitiu que o pa?s saiu rachado das urnas.
Escrito por Redação
SALA DE BATE PAPO