Ghosn sofre tratamento “severo” em prisão no Japão, diz mulher
Publicada em
Por Liana B. Baker e Mike Spector
(Reuters) - A mulher do ex-presidente do conselho de administra??o da Nissan Carlos Ghosn pediu que a organiza??o de direitos humanos Human Rights Watch chame aten??o para o ?severo tratamento? que o executivo est? recebendo em uma pris?o no Jap?o, segundo carta vista pela Reuters.
Autoridades japonesas acusaram Ghosn de omitir parte de sua renda e de agravada viola??o de confian?a por transferir temporariamente perdas pessoais com investimentos para a Nissan em 2008.
Em uma carta de nove p?ginas enviada a Kanae Doi, diretora da Human Rights Watch no Jap?o, Carole Ghosn pediu que a organiza??o ?lance luz sobre o severo tratamento de meu marido e sobre as desigualdades de direitos humanos infligidas contra ele pelo sistema de justi?a japon?s?.
Ghosn era respons?vel por uma alian?a que inclu?a a Nissan Motor, a Mitsubishi Motors e a francesa Renault, at? que sua pris?o em novembro e subsequente remo??o dos cargos de presidente do conselho das montadoras chocou a ind?stria.
O governo tem negado pedidos para suspender a deten??o do executivo, preso desde 19 de novembro. Os advogados de Ghosn t?m dito que provavelmente demorar? mais de seis meses para que seu caso v? a julgamento.
O Minist?rio de Rela??es Exteriores do Jap?o disse que os direitos de Ghosn s?o garantidos pelas leis do pa?s.
?Ele est? sendo tratado de acordo com o procedimento apropriado, garantindo os direitos humanos fundamentais dos indiv?duos e passando por rigorosa examina??o judicial de acordo com relevantes leis internas do Jap?o?, disse o porta-voz do minist?rio Natsuko Sakata, por email.
A Nissan disse n?o estar na posi??o de comentar o funcionamento do sistema judicial ou de qualquer decis?o da Procuradoria de T?quio.
Autoridades da Human Rights Watch n?o puderam ser encontradas para comentar a carta vista pela Reuters no domingo, mas o diretor da organiza??o para a ?sia, Brad Adams, disse em editorial na quinta-feira que o caso de Ghosn ?lan?ou luz? sobre o h? muito negligenciado sistema judicial de ?ref?ns? do Jap?o.
O ex-executivo da Nissan est? sendo mantido em uma cela n?o aquecida de 6,97 metros quadrados e n?o est? tendo acesso a sua medica??o di?ria, disse sua mulher na carta. Ele perdeu 7 kg desde que foi preso e s? come arroz e cevada, acrescentou.
Procuradores japoneses frequentemente tentam extrair confiss?es de prisioneiros em deten??es que podem durar meses, disse Carole Ghosn na carta.
?Por horas todos os dias, os procuradores interrogam ele, intimidam ele, repreendem ele e criticam ele, sem a presen?a de seus advogados, em um esfor?o para extrair uma confiss?o?, disse.
?Ningu?m deveria ser for?ado a suportar o que o meu marido enfrenta todos os dias, especialmente em uma na??o desenvolvida como o Jap?o, a terceira maior economia do mundo?.
Ghosn disse ter sido ?incorretamente acusado e injustamente detido com base em acusa??es infundadas e sem m?rito?, durante audi?ncia em T?quio na semana passada, sua primeira apari??o p?blica desde novembro, na qual aparentou estar consideravelmente mais magro.
(Reportagem de Liana B. Baker e Mike Spector, em Nova York; Reportagem adicional de Elaine Lies, em T?quio)
((Tradu??o Reda??o Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
REUTERS PF
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Timeline on Ghosn investigation [ID:nL3N1ZB1XX])
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Escrito por Redação
SALA DE BATE PAPO