Gleisi admite que Haddad pode tirar de programa de governo proposta sobre nova Constituinte

S?O PAULO (Reuters) - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, admitiu nesta segunda-feira que o partido pode retirar do programa de governo do presidenci?vel Fernando Haddad a ideia de uma nova Constituinte, a pedido dos partidos aliados.

A ideia, cara ao ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva, criou enorme desgaste a Haddad, que defendeu a ideia em uma entrevista de campanha.

O candidato afirmou que pretendia seguir o que estava no programa e criar condi??es, se fosse poss?vel, para uma Constituinte. A proposta foi comparada ? fala do vice de Jair Bolsonaro (PSL), general da reserva Hamilton Mour?o, que falou sobre uma Constituinte formada por ?not?veis?, e n?o pessoas eleitas.

O presidenci?vel do PSL venceu o primeiro turno e disputar? contra o candidato petista a segunda rodada no final do m?s.

?Vamos sentar com os partidos agora. Possivelmente vamos ter que fazer essa revis?o. J? havia solicita??o do PCdoB e h? de outros partidos. Acredito que ? de bom tom fazer essa revis?o?, disse Gleisi a jornalistas, em S?o Paulo.

A senadora disse ainda que Haddad poder? diminuir o n?mero de visitas ao ex-presidente Luiz In?cio Lula Silva, preso em Curitiba, se a din?mica da campanha assim o exigir, j? que s?o apenas tr?s semanas at? o segundo turno, mas defendeu as visitas semanais de Haddad a Lula.

?N?o vamos problema nenhum em consultar o presidente Lula como a qualquer outra lideran?a pol?tica, nem Haddad v?. O presidente ? uma das maiores lideran?as desse pa?s. Mas n?o sei como vai ser, depende do tempo, disposi??o para ele conversar. Se for poss?vel ele vai', disse.

'Mas n?s j? temos a linha da campanha?, acrescentou.

As visitas semanais de Haddad a Lula t?m sido usadas contra Haddad, que ? acusado de ir a Curitiba receber ordens de um ?presidi?rio?.

Nesta segunda-feira, depois da visita, Haddad deu entrevista, sua primeira depois do primeiro turno, em um hotel de Curitiba. Pela primeira vez a campanha optou por evitar que o candidato falasse em frente ? superintend?ncia da Pol?cia Federal, onde Lula est? preso.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)