Governadora republicana do Alabama sanciona lei antiaborto mais rígida dos EUA
Publicada em
Por Steve Gorman e Daniel Trotta
(Reuters) - A governadora do Alabama, Kay Ivey, sancionou na quarta-feira uma lei que pro?be qualquer aborto em todo o Estado, at? em casos de estupro ou incesto, na tentativa mais recente dos conservadores para induzir a Suprema Corte a reconsiderar o direito constitucional das mulheres ao aborto.
Ativistas norte-americanos pr?-aborto j? haviam se comprometido a ir ? Justi?a para impedir a aplica??o da medida no Alabama, a mais severa lei antiaborto promulgada com a inten??o de reverter uma decis?o judicial de 1973.
A situa??o fez com que o emotivo debate sobre o aborto voltasse ? pauta pol?tica nacional no per?odo que antecede as elei??es presidenciais dos Estados Unidos em 2020.
A decis?o ocorreu um dia ap?s o Senado de maioria republicana do Alabama aprovar o projeto de lei e rejeitar uma emenda democrata que teria permitido abortos legais para mulheres que engravidassem em casos de estupro ou incesto.
'Aos muitos defensores do projeto de lei, esta legisla??o ? um testemunho poderoso da cren?a profundamente enraizada dos alabamienses de que cada vida ? preciosa e que toda vida ? um dom sagrado de Deus', disse Ivey em um comunicado.
Defensores do aborto nos EUA condenaram o projeto, julgando-o como parte de um ataque apoiado por republicanos aos direitos de as mulheres controlarem seus corpos.
'Essa ? a guerra contra mulheres', disse o governador democrata da Calif?rnia, Gavin Newsom. 'Est? a pleno vapor e h? anos em constru??o'.
A lei do Alabama entrar? em vigor dentro de seis meses.
A legisla??o para restringir o direito ao aborto foi apresentada neste ano em 16 Estados, quatro deles comandados por governadores que sancionaram projetos de lei proibindo a pr?tica se um batimento card?aco embrion?rio puder se detectado.
O projeto de lei do Alabama vai mais longe, proibindo abortos em qualquer est?gio. Aqueles que os realizam estariam cometendo um crime grave, sujeito a penas de 10 a 99 anos de pris?o, mas uma mulher que fizer um aborto n?o seria responsabilizada criminalmente.
Escrito por Redação
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