Governo Bolsonaro quer focar no controle dos gastos para atrair investimento, diz fonte
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo do presidente eleito Jair Bolsonaro pretende 'arrumar a casa', controlando a expans?o dos gastos com reformas estruturantes para atrair investimentos, afirmou uma fonte pr?xima ao futuro ocupante do Pal?cio do Planalto.
'O problema maior do Brasil est? no excesso de gastos, ent?o o descontrole do Brasil n?o est? l? fora, est? aqui. S?o despesas em excesso, obrigat?rias e carimbadas', disse ? Reuters no domingo uma fonte pr?xima ao presidente eleito, que pediu anonimato.
'As despesas previstas na Constitui??o s?o galopantes e crescentes. Uma delas ? a Previd?ncia, que vamos atacar. E ainda tem a m?quina do funcionalismo, que ? muito cara. ? um buraco que s? faz crescer. Por isso a ordem ? olhar para o umbigo e arrumar a casa', acrescentou a fonte.
Na avalia??o dessa pessoa, arrumando a casa e impedindo o crescimento das despesas, naturalmente, haver? um retorno do investimento no pa?s que vai proporcionar um impulso no crescimento da economia e gera??o de renda e emprego.
'N?o deixar crescer a despesa ? a chave do neg?cio. N?o vamos deixar crescer no ritmo que vinham crescendo os gastos', declarou. O caminho para a conter os gastos ser? a aprova??o de reformas estruturantes como a da Previd?ncia, tribut?ria e outras, avaliou.
No s?bado, uma outra fonte ligada ? equipe de Bolsonaro, disse ? Reuters que os integrantes da transi??o que come?am a trabalhar nessa semana em Bras?lia, v?o mergulhar fundo nos dados do atual governo para buscar zerar o d?ficit fiscal j? em 2019 e garantir o equil?brio fiscal de forma sustentada ao longo dos pr?ximos anos. Especialistas v?em com ceticismo essa possibilidade.
Sobre a retomada da CPMF, a fonte afirmou que n?o h? uma posi??o fechada e que 'isso est? dando uma confus?o danada'.
'O que eu posso dizer ? que no governo (Bolsonaro) n?o haver? aumento de imposto. O que se far? ? uma simplifica??o de impostos que s?o excessivos no pa?s', afirmou.
'Vamos tirar impostos tamb?m sobre a folha de pagamentos das empresas no pa?s', complementou a fonte, ao dizer que os detalhes ainda est?o sendo analisados.
Sobre parcerias estrat?gicas com outros pa?ses, segundo a fonte, ao contr?rio do passado recente, quando o pa?s foi governado pelo PT, as rela??es ser?o orientadas obrigatoriamente pelos interesses econ?micos e n?o por quest?es ideol?gicas. N?o haver? restri??es no futuro a parceiros comerciais, afirmou, desde que o neg?cio seja bom para os dois lados e que n?o se guie pelo vi?s ideol?gico.
'Agora, dizer que n?o priorizaremos o Mercosul ? fake news', afirmou. 'Vamos comercializar sem base ideol?gica. Vai ser essa mensagem que vamos dar ao com?rcio global.'
Em declara??o na semana passada, o presidente eleito disse que o Mercosul tem sua import?ncia, mas est? supervalorizado e que seu governo n?o quer implodir o bloco, mas dar a devida estatura.
Escrito por Redação
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