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Governo central tem déficit primário de R$11 bi em maio, melhor que o esperado

Governo central tem déficit primário de R$11 bi em maio, melhor que o esperado

Redação

28/06/2018

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Atualizada em  28/06/2018

BRAS?LIA (Reuters) - O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previd?ncia Social) registrou d?ficit prim?rio de 11,024 bilh?es de reais em maio, cifra melhor que o esperado diante do quadro de despesas em queda, mas que tende a ficar pior ap?s a greve dos caminhoneiros e que levou o governo a usar boa parte de sua folga fiscal para atender o pleito da categoria.

O resultado divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro ? o melhor para maio desde 2015, quando houve d?ficit prim?rio de 8,553 bilh?es de reais e veio melhor que o esperado em pesquisa Reuters com analistas, de rombo de 12,1 bilh?es de reais no m?s passado.

Em maio de 2017, o rombo prim?rio havia sido de 29,387 bilh?es de reais. Segundo o Tesouro, o dado de agora foi influenciado positivamente pela antecipa??o do pagamento de precat?rios (9,5 bilh?es de reais) e resgate de 3,5 bilh?es de reais do Fundo Soberano.

Ajuste fiscal no Brasil vai cada vez mais depender da din?mica das despesas obrigat?rias , afirmou a jornalistas o secret?rio do Tesouro, Mansueto de Almeida Jr. Isso significa mudar regras, seja benef?cios ligados a Previd?ncia, gastos com pessoal ou subs?dios , acrescentou.

Para 2018, a meta do governo central ? de d?ficit prim?rio de 159 bilh?es de reais, sendo que nos 12 meses at? maio, o rombo estava em 106,2 bilh?es de reais.

O resultado foi influenciado por receitas l?quidas, que somaram 87,759 bilh?es de reais em maio, com alta real (descontada a infla??o) de 9,8 por cento. No m?s passado, houve pagamento de dividendos da Caixa Ec?nomica Federal (2,8 bilh?es de reais) e do Banco de Nacional de Desenvolvimento Econ?mico e Social (1,5 bilh?o de reais).

As despesas tiveram queda real de 7,2 por cento em maio sobre um ano antes, a 102,283 bilh?es de reais.

O Tesouro informou ainda que o rombo da Previd?ncia chegou a 15,096 bilh?es de reais no m?s passado, queda real de 18,6 por cento sobre maio de 2017, enquanto Tesouro e BC registraram juntos super?vit prim?rio de 4,072 bilh?es de reais.

O governo vem reiterando a viabilidade da meta fiscal deste ano, mas a tarefa ficou mais dif?cil ap?s a greve dos caminhoneiros em maio, que causou forte desabastecimento no pa?s e afetou a atividade econ?mica e a arrecada??o.

Al?m disso, o governo arcou com custo fiscal de mais de 15 bilh?es de reais para atender a demanda da categoria e conseguir reduzir o pre?o do diesel.

Os economistas pioraram muito as expectativas para o d?ficit prim?rio do governo central neste ano, segundo o relat?rio Prisma Fiscal divulgado pelo Minist?rio da Fazenda. Pela mediana, a proje??o subiu a 151,192 bilh?es de reais, contra 138,543 bilh?es de reais anteriormente.

Pesquisa Focus do BC, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, mostra que a estimativa de expans?o do Produto Interno Bruto (PIB) do pa?s neste ano estava em torno de 1,5 por cento, depois de ter chegado a 3 por cento alguns meses antes.

O Tesouro divulgou ainda que a margem de insufici?ncia para o cumprimento da regra de ouro ? de 102,5 bilh?es de reais em 2018, levando em considera??o recursos repassados pelo BNDES, 27,5 bilh?es de reais do fundo soberano, 17,4 bilh?es do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), entre outros.

O governo trabalha com outras medidas que assegurar?o o cumprimento da regra de ouro em 2018, que incluem outros pagamentos antecipados do BNDES , trouxe o Tesouro em nota.

A regra de ouro impede que o governo emita d?vida para bancar despesas de custeio, como sal?rios.

(Por Mateus Maia)

Redação

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