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Governo do Equador aceita ajuda da ONU e decreta toque de recolher para apaziguar protestos

Placeholder - loading - Manifestantes entram em confronto com forças de segurança em Quito 08/10/2019 REUTERS/Ivan Alvarado
Manifestantes entram em confronto com forças de segurança em Quito 08/10/2019 REUTERS/Ivan Alvarado

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Por Carlos Garcia e Alexandra Valencia

QUITO (Reuters) - O governo do Equador aceitou nesta ter?a-feira a colabora??o da Organiza??o das Na??es Unidas para abrir um di?logo com grupos ind?genas que se op?em ?s medidas de austeridade do presidente Len?n Moreno e mant?m a capital Quito sitiada com protestos.

Por conta da intensifica??o dos protestos em Quito nesta ter?a, Moreno restringiu a liberdade de tr?nsito e mobilidade nas ?reas vizinhas a pr?dios do governo e instala??es estrat?gicas, de acordo com um decreto assinado pelo presidente.

O toque de recolher nessas ?reas ocorrer? de segunda-feira a domingo, entre as 20h e 5h, enquanto durar o estado de emerg?ncia, acrescentou o documento, publicado num momento em que crescem os protestos contra as medidas de austeridade do governo.

Milhares de manifestantes ind?genas chegaram ? cidade de ?reas andinas no centro e norte do pa?s para pressionar o presidente a desistir da elimina??o do subs?dio ao diesel e gasolina, que estava em vigor h? d?cadas.

Um grupo de ind?genas conseguiu romper o cerco das for?as de seguran?a e entrou brevemente na sede da Assembleia Nacional, antes de ser despejado por policiais e militares pacificamente, segundo testemunhas da Reuters.

'Viva o povo!', gritavam alguns manifestantes euf?ricos no ?rg?o legislativo, que estava fechado na ter?a-feira. Fora do Parlamento, a pol?cia usava g?s lacrimog?neo para afastar os ind?genas.

Moreno declarou estado de emerg?ncia e transferiu na noite de segunda-feira as opera??es do governo para a cidade costeira de Guayaquil, onde tem ocorrido menos tumultos.

Em comunicado, o Minist?rio das Rela??es Exteriores do Equador disse que o governo est? disposto a receber o acompanhamento das Na??es Unidas, 'que favore?a o retorno ? paz social e entendimentos dentro do pa?s'.

O Minist?rio das Rela??es Exteriores tamb?m denunciou que os atos de viol?ncia registrados durante os protestos inclu?ram saques, danos a propriedades p?blicas e privadas, ataques a ambul?ncias, queima de mais de uma dezena de ve?culos da for?a p?blica e sequestro de v?rios de seus membros.

Os protestos come?aram na quinta-feira, quando o governo p?s fim aos subs?dios para combust?veis, como parte de um pacote de reformas econ?micas sob um acordo de 4,2 bilh?es de d?lares com o Fundo Monet?rio Internacional (FMI).

Cerca de 570 pessoas foram presas nos dias de protesto, incluindo um deputado pr?ximo do ex-presidente Rafael Correa, segundo o governo. Moreno acusou seu antecessor de tentar um golpe de Estado com a ajuda do presidente venezuelano, Nicol?s Maduro.

'Querem levar o Equador junto da Venezuela', disse o secret?rio da Presid?ncia, Juan Rold?n, a uma r?dio local.

Peru, Argentina, Brasil, Col?mbia, El Salvador, Guatemala e Paraguai rejeitaram qualquer tentativa de Maduro de desestabilizar a democracia na regi?o e apoiaram o presidente equatoriano.

Escrito por Redação

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