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Governo e bancos discutem sobre socorro a grandes empresas

Placeholder - loading - Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala com o presidente da Caixa Economica Federal, Pedro Guimaraes. 3/4/2020. REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala com o presidente da Caixa Economica Federal, Pedro Guimaraes. 3/4/2020. REUTERS/Adriano Machado

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Por Marcela Ayres e Carolina Mandl

BRAS?LIA/S?O PAULO (Reuters) - O Minist?rio da Economia est? conversando com os bancos sobre resgate a setores como companhias a?reas, montadoras, empresas de energia e grandes varejistas para auxili?-los na crise do coronav?rus, confirmaram executivos do Bradesco e do Santander Brasil nesta quarta-feira.

Mais cedo nesta quarta, a Reuters publicou que os maiores bancos no pa?s - incluindo Bradesco, Ita? Unibanco, Santander Brasil e Banco do Brasil - t?m discutido com BNDES e Banco Central sobre quais instrumentos financeiros podem ser usados ??para resgatar empresas em dificuldades.

Fontes disseram ? Reuters que apenas as montadoras fizeram pedido inicial de cerca de 100 bilh?es de reais, relatando que esse seria o montante necess?rio para segurar o funcionamento de toda a cadeia, incluindo fornecedoras e concession?rias.

Esses executivos, por?m, afirmaram que o socorro ao setor dificilmente alcancar? este montante.

'As conversas entre os bancos, BNDES e o Tesouro t?m sido muito produtivas', afirmou o presidente-executivo do Santander Brasil, Sergio Rial, em videoconfer?ncia para discutir o impacto do coronav?rus na economia, abordando setores como companhias a?reas, hot?is e montadoras.

Em outra apresenta??o, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou que um resgate para o setor de energia deve ser conclu?do ao longo das pr?ximas duas semanas.

O minist?rio quer que o BNDES lidere as negocia??es.

O BNDES est? organizando uma esp?cie de sindicato com os bancos para que solu??es de mercado sejam estruturadas, envolvendo emiss?o, pelas empresas, de instrumentos como deb?ntures convers?veis, na parte de renda fixa, e b?nus de substitui??o e op??es de compra, na parte de renda vari?vel.

O banco de desenvolvimento poderia usar parte de sua posi??o de caixa, de cerca de 80 bilh?es de reais, para comprar ativos, juntamente com bancos e investidores.

Uma fonte pr?xima ao governo disse que BNDES n?o quer tomar todo o risco sozinho porque isso limitaria seu poder de socorrer outras companhias. Ao dividir o risco com outros bancos e investidores, o BNDES mira um universo maior de empresas.

Para receber os recursos, as empresas teriam de apresentar um plano de reestrutura??o ao BNDES.

Os participantes discutiram o uso de d?vida convers?vel ou empr?stimos parcialmente garantidos pelo Tesouro, disseram as fontes. Mas o Tesouro n?o est? disposto a injetar recursos diretamente nas empresas.

As divis?es continuam nas negocia??es, com os bancos dispostos a cooperar, mas insistindo que o governo deve correr o maior risco em alguns casos, disseram as fontes.

Procurados, BNDES e Minist?rio da Economia n?o se manifestaram imediatamente.

DISCUSS?ES EM CURSO

Rial afirmou que as discuss?es com companhias a?reas e varejistas listadas incluem o uso de t?tulos convers?veis, que poder?o ser resgatados em ativos ou em dinheiro no futuro.

Companhias a?reas, incluindo Gol, Azul e Latam Airlines, j? haviam conversado anteriormente com o BNDES sobre um financiamento.

O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou nesta quarta-feira que a empresa ainda est? um pouco distante de chegar a um acordo acerca de um empr?stimo com o BNDES.

Rial disse que as montadoras t?m maior probabilidade de usar d?vidas com garantias, sem especificar como isso ocorreria. Ele acrescentou que os hot?is poderiam usar seus ativos imobili?rios como garantia de d?vidas.

Escrito por Reuters

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