Governo está pronto para agir em caso de excesso de volatilidade nos mercados, diz fonte da Fazenda

Por Marcela Ayres

BRAS?LIA (Reuters) - O Brasil est? pronto para atuar nos mercados financeiros em caso de excesso de volatilidade, afirmou nesta segunda-feira uma fonte do Minist?rio da Fazenda ? Reuters, em refer?ncia ? situa??o da Turquia, que vem aumentando a avers?o ao risco nos mercados globais, com impacto mais forte em mercados emergentes.

'O Brasil est? bastante pronto para agir para se garantir em caso de excesso de volatilidade', afirmou a fonte em condi??o de anonimato, lembrando que a disposi??o de atuar, 'se necess?rio', ? a mesma de quando houve interven??o conjunta do Tesouro e do Banco Central.

Do fim de maio ao in?cio de julho, o Tesouro realizou uma s?rie de leil?es extraordin?rios de t?tulos soberanos para garantir o bom funcionamento dos mercados em meio ? forte volatilidade com a escalada das tens?es comerciais e temores de mais aperto monet?rio nos Estados Unidos e com a greve dos caminhoneiros no Brasil e incertezas sobre as elei??es presidenciais de outubro.

O BC, por sua vez, atuou no mercado de c?mbio por meio de leil?es de novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes ? venda futura de d?lares. Naquele momento, o d?lar estava sendo negociado com fortes valoriza??es, acumulando 6 por cento de ganho em maio e outros 6 por cento em abril.

Desta vez, investidores v?m se preocupando cada vez mais com o crescente controle sobre a economia do presidente turco, Tayyip Erdogan, e a tens?o diplom?tica entre o pa?s e os Estados Unidos -fatores que viraram uma bola de neve, causando um p?nico no mercado.

Nesta segunda-feira, os mesmos temores seguiram dando o tom no comportamento dos mercados mundo afora. Ap?s subir 4,23 por cento na semana passada, o d?lar avan?ou 0,86 por cento e encerrou no maior n?vel em mais de um m?s, a 3,8973 reais na venda, maior pre?o desde os 3,9344 reais de 5 de julho.

Uma segunda fonte da Fazenda avaliou, contudo, que o pa?s est? sendo afetado de maneira menos intensa que seus pares.

'Risco muito baixo (de cont?gio), mercado diferenciando bem o Brasil, que tem sofrido bem menos que M?xico, Col?mbia', avaliou a fonte, apontando o baixo d?ficit em conta corrente do Brasil como principal fator para tanto.