Guaidó faz apelo para militares deporem se juntarem a esforço para derrubar Maduro na Venezuela romperem com Maduro provoca confrontos

Por Vivian Sequera e Angus Berwick

CARACAS (Reuters) - O l?der da oposi??o venezuelana Juan Guaid? fez nesta ter?a-feira seu apelo mais contundente para que os militares o ajudem a depor o presidente Nicol?s Maduro, e epis?dios de viol?ncia irromperam em protestos antigoverno no momento em que a Venezuela atinge um novo pico de crise depois de anos de caos pol?tico e econ?mico.

Grupos militares que acompanhavam Guaid? se chocaram com soldados que apoiam Maduro em um com?cio nos arredores da base a?rea de La Carlota, em Caracas, mas o incidente teve vida curta e n?o pareceu ser parte de uma tentativa imediata da oposi??o de tomar o poder atrav?s da for?a militar.

Guaid? disse em tu?tes que iniciou a 'fase final' de sua campanha para derrubar Maduro, conclamando os venezuelanos e as For?as Armadas a apoi?-lo antes dos protestos planejados para o 1? de Maio.

'O momento ? agora!', escreveu. 'O futuro ? nosso: o povo e as For?as Armadas unidas para p?r um fim' ao tempo de Maduro no governo.

Dezenas de milhares de pessoas faziam uma passeata em Caracas para apoiar Guaid? nesta ter?a-feira e confrontaram o batalh?o de choque na avenida Francisco Fajardo. Um ve?culo blindado da Guarda Nacional avan?ou sobre manifestantes que atiravam pedras e o atingiam.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, classificou as cenas de instabilidade mais recentes como um 'movimento golpista', mas v?rias horas ap?s o an?ncio de Guaid? ainda n?o havia nenhum sinal de atividades militares anti-Maduro. Mais tarde Guaid? deixou um com?cio que realizava com apoiadores militares na base a?rea.

O doutor Maggi Santi, do centro de sa?de Salud Chacao, no leste da capital, disse que os incidentes desta ter?a-feira deixaram 36 feridos, a maioria atingidos por balas de chumbo ou borracha.

Diversas iniciativas da oposi??o de afastar o socialista Maduro do poder por meio de grandes protestos e clamores para que os militares atuem n?o surtiram efeito at? o momento.

Ainda nesta ter?a-feira, Maduro disse que conversou com l?deres militares e que eles lhe mostraram 'sua lealdade total'.

'Nervos de a?o!', escreveu Maduro no Twitter. 'Eu pe?o uma mobiliza??o popular m?xima para assegurar a vit?ria da paz. N?s

vamos ganhar!'

O movimento foi o gesto mais ousado de Guaid? at? agora para persuadir os militares a se insurgirem contra o presidente --e, se falhar, pode ser vista como um ind?cio de que ele carece do apoio que diz ter. Ele tamb?m pode estimular as autoridades, que j? o privaram da imunidade parlamentar de que gozava como l?der da Assembleia Nacional e iniciaram v?rias investiga??es a seu respeito, a prend?-lo.

Os Estados Unidos est?o entre os cerca de 50 pa?ses que reconhecem Guaido como presidente leg?timo da Venezuela e impuseram san??es para tentar desalojar Maduro, que, segundo eles, foi reeleito no ano passado em uma elei??o fraudulenta.

'O que quer que aconte?a agora, n?o deixaremos que nos parem. Nosso processo caminha passo a passo, de acordo com nossa Constitui??o. Continuamos a defender a n?o-viol?ncia', disse Guaid? ? emissora internacional alem? Deutsche Welle em entrevista divulgada nesta ter?a-feira.

((Tradu??o Reda??o S?o Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC