Guedes defenderá atuação adicional do FMI para prover liquidez na crise
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Por Isabel Versiani e Marcela Ayres
BRAS?LIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai defender junto ao Fundo Monet?rio Internacional (FMI) uma nova aloca??o ampla dos direitos especiais de saque, a moeda do Fundo, de forma a alavancar a liquidez global em meio ?s restri??es geradas pelo impacto econ?mico da crise do coronav?rus.
Em discurso preparado para reuni?o que acontece na quinta-feira no ?mbito do encontro de primavera do FMI e do Banco Mundial, realizada em formato virtual, Guedes afirma que ainda h? espa?o para uma coordena??o internacional adicional de pol?ticas de enfrentamento ? crise, especialmente para atender ?s necessidades dos pa?ses com baixo n?vel de reservas internacionais.
O ministro lembra que pa?ses emergentes e em desenvolvimento est?o enfrentando sa?das de capital sem precedentes, uma queda repentina da demanda externa e um recuo 'dram?tico' dos pre?os das commodities.
Ele elogia as a??es do FMI em meio ? crise, particularmente as respostas a pedidos de assist?ncia emergencial de mais de 100 membros. '? agora crucial assegurar que os novos recursos sejam efetivamente adicionais ? assist?ncia regular do Fundo', defende Guedes, sugerindo tamb?m que a nova aloca??o dos direitos especiais de saque seria muito ?til.
'Esse ? um mecanismo de baixo custo e baixo risco que j? foi testado em per?odos de crise. Ele melhora o fluxo de liquidez e ? particularmente ?til para economias m?dias e pequenas, que n?o t?m reservas internacionais suficientes ou acesso a linhas de swap', diz o discurso, ao qual a Reuters teve acesso.
Em meio ? necessidade de medidas de conten??o imposta pela pandemia, que podem incluir o fechamento de fronteiras, ? importante que o mundo evite medidas protecionistas, afirma o ministro.
No caso do Brasil, ele diz que o pacote de pol?ticas para combater a crise chega pr?ximo a 10% do PIB, com provis?es de liquidez equivalentes a cerca de 17% do PIB e medidas que apoiar?o uma expans?o de cr?dito de 16% do PIB. 'O pa?s adotou passos realmente extraordin?rios para combater a pandemia, assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro e a oferta do cr?dito, assim como renda, empregos e neg?cios. Nenhum cidad?o brasileiro ser? deixado para tr?s', afirma.
Escrito por Reuters
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