Guedes faz apelo para coronavírus não desorganizar economia brasileira
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Por Marcela Ayres
BRAS?LIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um apelo nesta sexta-feira para que a crise com o coronav?rus n?o desorganize a economia brasileira, afirmando que as falas do presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto foram no sentido de advertir, e n?o diminuir a amea?a do surto ? sa?de p?blica.
'Alerta do presidente ?: vamos cuidar de nossa sa?de, mas n?o podemos nos esquecer que ali ? frente temos o desafio de continuar produzindo', afirmou ele em v?deo publicado nas redes sociais do Minist?rio da Economia.
Com a investida, o ministrou buscou mostrar alinhamento com a preocupa??o externada por Bolsonaro de que as quarentenas adotadas pelo Brasil afora paralisem a economia.
Guedes tamb?m afirmou que, para um prazo de tr?s meses, as medidas do governo j? anunciadas e outras que ainda vir?o somam 700 bilh?es de reais. Neste pacote, ele incluiu por exemplo a antecipa??o do 13? para aposentados, o refor?o ao Bolsa Fam?lia e o voucher para trabalhadores informais.
'A determina??o do presidente Bolsonaro ? que n?o v?o faltar recursos para defender as vidas, a sa?de e os empregos dos brasileiros', disse.
Em pol?mico discurso na noite de ter?a-feira, Bolsonaro reclamou de restri??es impostas por governadores para a circula??o de pessoas para conter o avan?o do coronav?rus e chamou novamente a pandemia de uma 'gripezinha'.
De l? para c?, o presidente voltou a criticar medidas mais r?gidas de distanciamento, defendendo um isolamento vertical, no qual somente idosos e pessoas portadoras de doen?as permaneceriam confinadas.
Nesta sexta-feira, Guedes disse estar seguro de que o pa?s atravessar? o que chamou de 'duas ondas' impostas pelo coronav?rus, a primeira ligada ao choque na sa?de, e a segunda relacionada ao desafio econ?mico.
Ao conclamar uni?o para o Brasil 'furar as duas ondas', o ministro afirmou que os empres?rios brasileiros n?o v?o deixar a produ??o ser desorganizada, citando o trabalho de caminhoneiros para garantir o transporte de mercadorias e dos produtores rurais para o abastecimento.
'Se n?s n?o nos lembrarmos de que temos que continuar resistindo com a nossa produ??o econ?mica tamb?m, n?s vamos ter aquele fen?meno onde todo mundo est? com os recursos, mas as prateleiras est?o vazias porque n?s deixamos a organiza??o da economia brasileira entrar em colapso', disse.
MEDIDAS DE AJUDA
Segundo o ministro, o pacote de ajuda a aut?nomos com concess?o de um vale de 600 reais ter? um custo de cerca de 45 bilh?es de reais.
Inicialmente, a equipe econ?mica tinha divulgado que o voucher seria de 200 reais para aut?nomos e informais, mas a C?mara dos Deputados acabou aprovando uma renda emergencial de 600 reais, com anu?ncia do governo. O projeto ainda tem que ser aprovado pelo Senado.
Sobre a medida em prepara??o para que o governo pague parte do sal?rio de trabalhadores que tiverem sua jornada e sua remunera??o reduzida, Guedes destacou que, no caso de setores mais atingidos pela crise, a ideia era que o governo entrasse com ajuda de 1/3 do sal?rio. Para os demais setores, o percentual seria de 25%.
Depois, a assessoria de imprensa do Minist?rio da Economia corrigiu a informa??o, destacando que o complemento do governo ser? um percentual do seguro-desemprego a que a pessoa teria direito, equivalente ao percentual de corte sofrido.
Com isso, o benef?cio para os trabalhadores ser? maior do que o explicitado no v?deo, pontuou a assessoria.
No domingo, o governo enviou ao Congresso MP prevendo a possibilidade de suspens?o do contrato de trabalho dos empregados pelos patr?es, sem a concess?o de qualquer contrapartida obrigat?ria ou ajuda do governo.
Ap?s forte oposi??o ? iniciativa e pedido do Bolsonaro para que esse artigo fosse revogado, o secret?rio especial de Previd?ncia e Trabalho, Bruno Bianco, disse que uma nova MP seria enviada j? prevendo o aux?lio do Estado aos trabalhadores.
De acordo com o Minist?rio da Economia, a medida ser? anunciada com mais detalhes assim que estiver conclu?da.
Escrito por Reuters
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