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Ibama confirma petróleo venezuelano nas praias do Nordeste, mas causa segue incerta

Placeholder - loading - Petróleo é visto na praia Sítio do Conde, em Conde, na Bahia 12/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Petróleo é visto na praia Sítio do Conde, em Conde, na Bahia 12/10/2019 REUTERS/Adriano Machado

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Por Jake Spring

BRAS?LIA (Reuters) - O Ibama confirmou que o petr?leo que misteriosamente atinge praias do Nordeste ? venezuelano, mas isso n?o significa necessariamente que a Venezuela seja a respons?vel pelo vazamento, disse nesta quinta-feira o chefe do ?rg?o.

'Este ?leo ? venezuelano. O DNA ? venezuelano. ? uma certeza, ? uma afirma??o, n?o uma especula??o', disse o presidente do Ibama, Eduardo Bim, em uma audi?ncia no Senado na quinta-feira.

'Significa que a Venezuela ? respons?vel? N?o, isso ? uma outra quest?o.'

Bim disse que a ag?ncia estava cautelosa ao divulgar linhas de investiga??o para evitar 'm?s informa??es' e 'problemas diplom?ticos'.

Desde setembro, o governo investiga o petr?leo que continua se espalhando por centenas de quil?metros da costa brasileira nos Estados do Nordeste.

Um relat?rio da Petrobras indicou primeiramente que o produto tinha propriedades do petr?leo venezuelano, mas o governo posteriormente conduziu sua pr?pria an?lise confirmando as caracter?sticas do ?leo, disse Bim.

A Venezuela negou na semana passada responsabilidade no caso.

Segundo Bim, n?o h? d?vida de que o derramamento de ?leo tem natureza criminosa, pois, caso contr?rio, o vazamento teria sido relatado internacionalmente. Mas ainda n?o se sabe de onde est? vindo o petr?leo, acrescentou.

'Acho que uma transfer?ncia de navio a navio ('ship to ship') ? a mais prov?vel, mas temos que investigar e n?o descartamos nenhuma causa poss?vel', disse Bim.

As transfer?ncias de navio para navio ocorrem quando o ?leo ? transferido entre embarca??es no mar.

As barreiras para impedir que o ?leo chegue ? praia, por exemplo, n?o t?m sido eficazes, admitiu ele.

A melhor resposta por enquanto ? limpar o ?leo assim que ele chega ?s praias, o que Bim disse que os Estados brasileiros t?m feito bem, com a ajuda de equipes treinadas pela Petrobras, que dever? ser ressarcida pelo trabalho.

A Petrobras coletou mais de 200 toneladas de res?duos oleosos, informou a companhia na quarta-feira, ressaltando ter mobilizado cerca de 1.700 agentes ambientais para limpeza das ?reas impactadas na regi?o e mais de 50 empregados para planejamento e execu??o da resposta ?s manchas.

O volume de ?leo nas praias permanece relativamente est?vel e n?o est? claro se est? aumentando ou diminuindo, disse o presidente do Ibama.

At? agora, as autoridades n?o conseguiram prever para onde o petr?leo deve seguir, disse Bim.

'Saber de antem?o onde aparecer?o (as manchas) n?o ? t?o f?cil quanto parece', disse.

Na v?spera, o Ibama atualizou dados sobre as manchas de petr?leo, dizendo que at? aquele momento eram 178 localidades afetadas, contra 167 na ter?a-feira, em nove Estados.

A afirma??o do presidente do Ibama vai na linha do que disse ? Reuters, nesta quinta-feira, uma fonte da Petrobras.

'Enquanto n?o soubermos o que de fato aconteceu, vai ficar dif?cil prever quando o vazamento vai parar... se afundou um navio com grande carregamento de ?leo, o vazamento pode ainda estar acontecendo', disse a fonte, que preferiu n?o ser identificada.

Uma outra fonte de um ?rg?o do Estado indicou que seguem as incertezas sobre a origem do vazamento.

'Acho que lavagem de tanque (de navio) n?o foi', afirmou, considerando o grande volume retirado das praias.

Para essa pessoa, que falou na condi??o de anonimato, as principais hip?teses para a origem do petr?leo s?o uma eventual atividade de 'ship to ship' ou algum outro tipo de vazamento a partir de um navio.

Ainda nesta quinta-feira, a Marinha brasileira informou, em comunicado, que encontrou e recolheu um tambor de 200 litros de ?leo durante uma a??o de monitoramento das manchas na regi?o de Natal (RN). O barril estava fechado e n?o apresentava vazamento.

Segundo o ?rg?o militar naval, uma amostra do l?quido foi recolhida e enviada para an?lises.

'Os dados dispon?veis at? o momento n?o permitem concluir se esse epis?dio tem rela??o com os outros tambores encontrados no litoral de Sergipe ou com o ?leo que tem se espalhado nas praias do Nordeste', disse a Marinha.

(Com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)

Escrito por Redação

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