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Indústria do Brasil cresce 0,5% em fevereiro mas já mostra primeiros sinais de impacto do coronavírus

Placeholder - loading - 19/07/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
19/07/2015 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

S?O PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produ??o industrial do Brasil contrariou as expectativas e subiu em fevereiro pelo segundo m?s seguido, embora alguns segmentos possam j? dar os primeiros sinais das consequ?ncias da pandemia de coronav?rus.

Em fevereiro, a produ??o industrial brasileira aumentou 0,5% em rela??o ao m?s anterior, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).

O resultado segue-se ? alta revisada para cima de 1,2% em janeiro, contra 0,9% informado antes, e foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,4%.

Nos dois primeiros meses do ano, a ind?stria acumulou alta de 1,6% na produ??o sobre o bimestre anterior, mas isso ainda foi insuficiente para recuperar as perdas de 2,5% nos dois ?ltimos meses de 2019.

'A ind?stria ensaiava algo melhor em seu comportamento sem d?vida. Esse cen?rio todo foi desconstru?do j? por conta da Covid-19 que j? teve primeiros sinais de impacto em fevereiro', afirmou o gerente da pesquis do IBGE, Andr? Macedo.

'(Impacto) ainda marginal, mas que deve se intensificar a partir de mar?o com f?rias coletivas, paradas, menor demanda e isolamento social.'

Na compara??o com o mesmo m?s do ano anterior, houve queda de 0,4% na produ??o da ind?stria, ante expectativa de recuo de 2,5%.

Entre as categorias econ?micas, Bens de Capital, uma medida de investimento, teve o maior ganho de produ??o, de 1,2% sobre janeiro. A fabrica??o de Bens Intermedi?rios aumentou 0,5%, enquanto a de Bens de Consumo caiu 0,6%.

Os ramos pesquisados mostraram que houve aumento em 15 dos 26 pesquisados, sendo que as principais influ?ncias positivas partiram de ve?culos automotores, reboques e carrocerias (2,7%) e outros produtos qu?micos (2,6%).

'Autom?veis e caminh?es ajudam a explicar esse resultado no come?o do ano, depois da perda do ano passado. Houve f?rias coletivas em novembro e dezembro, e com a volta da produ??o nos primeiros meses de 2020, ? natural que representem impulso de crescimento', explicou Macedo.

Por outro lado, apresentaram perdas, entre outros, coque, produtos derivados do petr?leo e biocombust?veis (-1,8%) e equipamentos de inform?tica, produtos eletr?nicos e ?pticos (-5,8%).

De acordo com Macedo, a queda da produ??o na inform?tica j? teve influ?ncia das paralisa??es provocadas pela pandemia do novo coronav?rus.

'O grupamento j? sofreu impacto do coronav?rus porque depende de insumos que v?m da China, e em fevereiro a China tinha problemas com isolamento social e fechamento de f?bricas. Isso pode ter impactado nossas f?bricas aqui no Brasil', disse.

A economia brasileira vive momento de fortes incertezas diante das paralisa??es em todo o pa?s para conter o surto de coronav?rus, com fechamentos de empresas e ind?strias e com muitos trabalhadores em quarentena, al?m das medidas de conten??o adotadas em todo mundo.

Como consequ?ncia do avan?o do coronav?rus, o Minist?rio da Economia cortou sua proje??o de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 para 0,02%, ante alta de 2,1%.

J? a pesquisa Focus do BC mais recente com uma centena de economistas mostra que a expectativa para a economia j? ? de contra??o de 0,48%, com a produ??o industrial avan?ando 0,85%.

Escrito por Reuters

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