IPCA-15 desacelera alta em maio a 0,35% com fraqueza em alimentação e artigos de residência
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Por Camila Moreira
S?O PAULO (Reuters) - A fraqueza dos pre?os de artigos de resid?ncia, alimenta??o e comunica??o ajudaram a pr?via da infla??o oficial brasileira a desacelerar a alta em maio, mas ainda assim o acumulado em 12 meses foi ao n?vel mais alto em dois anos, no momento em que o Banco Central busca tempo para avaliar a economia antes de eventual mudan?a nos juros.
O ?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avan?ou em maio 0,35%, contra alta de 0,72% em abril, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).
Esse resultado foi o mais elevado para o m?s desde 2016 (0,86%), mas ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,42%.
Em 12 meses, o IPCA-15 passou a acumular avan?o de 4,93%, sobre 4,71% antes e expectativa de 4,98%. Esse patamar ? o mais alto desde fevereiro de 2017 (5,02%).
Com isso, o ?ndice permanece acima da meta oficial de infla??o do governo para 2019, de 4,25 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Em maio, os grupos Artigos de resid?ncia e Comunica??o registraram defla??o, respectivamente de 0,36% e 0,04%. J? Alimenta??o e bebidas e Educa??o tiveram estabilidade no m?s.
Os custos de alimentos, que respondem por cerca de 25% das despesas das fam?lias, perderam for?a ap?s alta de 0,92% em abril, com quedas em feij?o-carioca (-11,55%), frutas (-3,08%) e carnes (-0,52%).
Por outro lado, os pre?os de Sa?de e cuidados pessoais subiram 1,01%, enquanto os de Transportes avan?aram 0,65%. Embora ambos tenham mostrado desacelera??o da alta, foram respons?veis pelo maior impacto sobre o ?ndice, de 0,12 ponto percentual cada.
Nesses dois grupos, destacaram-se os aumentos de 2,03% nos pre?os dos rem?dios e de 3,30% dos combust?veis.
Depois de manter a taxa b?sica de juros em 6,5%, o BC apontou uma 'probabilidade relevante' de que a economia brasileira tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano sobre os tr?s meses anteriores, e manteve o discurso de que precisa de tempo para analisar a fundo o quadro antes de eventual mudan?a na rota dos juros.
O BC destacou na ata de sua ?ltima reuni?o que a infla??o acumulada em 12 meses deve atingir um pico 'no curto prazo', para depois recuar e fechar 2019 'em torno da meta', enquanto o presidente da autoridade monet?ria, Roberto Campos Neto, ressaltou que o BC n?o pode trocar infla??o controlada por crescimento econ?mico.
A mais recente pesquisa Focus com economistas mostra que a expectativa dos economistas ? de que a infla??o termine este ano a 4,07%, indo a 4,0% em 2020.
Escrito por Redação
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