IPCA-15 tem menor nível para junho em 13 anos com deflação de alimentos
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Por Camila Moreira
S?O PAULO (Reuters) - Os pre?os de alimentos registraram defla??o e a pr?via da infla??o oficial brasileira desacelerou a alta ao menor n?vel para junho em 13 anos.
O ?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em junho varia??o positiva de 0,06%, sobre avan?o em maio de 0,35%, informou nesta ter?a-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).
Esse foi o resultado mais baixo para o m?s desde a queda de 0,15% em 2006 e igualou a expectativa de economistas em pesquisa da Reuters. Tamb?m ? a taxa mais fraca desde dezembro de 2018 (-0,12%)
Nos 12 meses at? junho, a alta do IPCA-15 passou a ser de 3,84%, ap?s acumular avan?o de 4,93% at? maio, tamb?m igualando a expectativa.
O resultado mostra que o ?ndice foi abaixo da meta oficial de infla??o do governo para 2019, de 4,25 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ap?s dois meses em patamar acima.
No m?s, os dados do IBGE mostram que o grupo Alimenta??o e bebidas exerceu o mais forte impacto negativo ao recuar 0,64%, depois de estabilidade em maio.
A alimenta??o no domic?lio foi o destaque com recuo nos pre?os de 0,82%, com defla??o do feij?o-carioca (-14,99%), tomate (-13,43%), feij?o-mulatinho (-11,48%), batata-inglesa (-11,30%), feij?o-preto (-8,84%) e frutas (-5,25%).
Os combust?veis tamb?m ajudaram a aliviar o IPCA-15 com queda de 0,67% ap?s subirem 3,30% no m?s anterior. A gasolina desacelerou a alta a 0,10% em junho, enquanto os pre?os do etanol recuaram 4,57%.
Por outro lado, a maior alta foi vista em Sa?de e cuidados pessoais, de 0,58%, embora tenha desacelerado sobre a taxa de 1,01% de maio, com a desacelera??o do avan?o dos pre?os dos rem?dios para 0,15%.
O grupo Habita??o registrou avan?o nos pre?os de 0,52% em junho, de 0,55% antes, em meio ao al?vio nas contas de energia el?trica com a retomada da bandeira verde. Os pre?os da energia passaram a subir 0,64%, de 0,72% em maio.
Na semana passada, o BC manteve a taxa b?sica de juros Selic em 6,5% e destacou que o risco relacionado ? agenda de reformas ? preponderante, o que pede manuten??o do juro b?sico no atual patamar.
Nesta ter?a-feira, em ata o BC reconheceu a melhora do balan?o de riscos para a infla??o entre o come?o de maio e meados de junho, mas ainda apontou riscos do lado da agenda de reformas, vendo que a economia deve ficar perto da estabilidade no segundo trimestre.
A mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC junto a uma centena de economistas aponta que a expectativa para a infla??o neste ano ? de 3,82%, com 3,95% em 2020.
Escrito por Redação
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