Preços de alimentos e transportes caem e IPCA tem menor junho em dois anos
Publicada em
Atualizada em
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/S?O PAULO (Reuters) - A infla??o oficial brasileira registrou em junho o n?vel mais baixo para o m?s em dois anos com recuo nos pre?os dos alimentos e transportes, mantendo abertas as portas para a possibilidade de um corte de juros em breve pelo Banco Central.
O ?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) teve varia??o positiva de 0,01% em junho, desacelerando em rela??o ? alta de 0,13% em maio, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).
O dado ? o mais baixo para junho desde 2017 (-0,23%) e o menor do ano.
'O cen?rio ? de fam?lias com renda comprometida, endividadas e a demanda ainda est? bem t?mida. As pessoas est?o consumindo menos e a renda est? comprometida. Nesse ?ndice, se v? bem isso', disse o economista do IBGE Fernando Gon?alves.
Em 12 meses at? junho, o IPCA registrou alta de 3,37%, de 4,66% no m?s anterior, uma vez que saiu da conta o efeito da greve dos caminhoneiros do ano passado.
O n?mero em 12 meses ? o mais fraco desde maio de 2018 (+2,86%) e afasta-se ainda mais do centro da meta oficial de infla??o do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de recuo de 0,03% em junho, acumulando em 12 meses alta de 3,33%.
No m?s de junho, os grupos Alimenta??o e bebidas e Transportes responderam, juntos, por cerca de 43% das despesas das fam?lias.
Mas a queda dos pre?os dos alimentos desacelerou a 0,25% no m?s, de defla??o de 0,56% em maio, uma vez que os pre?os do tomate e das carnes passaram a subir respectivamente 5,25% e 0,47%.
J? os Transportes recuaram 0,31% diante da redu??o de 2,41% nos pre?os dos combust?veis, com destaque para a gasolina (-2,04%).
Por outro lado, o maior impacto positivo no ?ndice coube a Sa?de e Cuidados Pessoais, uma vez que a alta acelerou a 0,64% em junho, de 0,59% em maio.
Em sua ?ltima reuni?o de pol?tica monet?ria, o BC manteve a taxa b?sica de juros Selic em 6,5% e, ao mesmo tempo em que reconheceu melhora do balan?o de riscos para a infla??o, vem refor?ando sua mensagem de condicionar novos cortes de juros a avan?os na reforma da Previd?ncia.
Mas na pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC os economistas veem quatro cortes neste ano, com a Selic terminando a 5,50% e a infla??o a 3,80%.[nL2N24907A]
Escrito por Redação
SALA DE BATE PAPO