IPCA tem alta mais fraca para outubro em 21 anos e vai abaixo do piso da meta em 12 meses

Por Camila Moreira

S?O PAULO (Reuters) - Os pre?os no Brasil voltaram a subir em outubro conforme esperado, mas ainda assim registraram o menor patamar para o m?s em 21 anos, e a infla??o oficial em 12 meses foi abaixo do piso da meta.

O ?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,10% em outubro, depois de varia??o negativa de 0,04% em setembro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).

Esse foi o resultado mais baixo para um m?s de outubro desde 1998 (+0,02%) e ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de avan?o de 0,09% no m?s.

Em 12 meses, o IPCA passou a registrar avan?o de 2,54%, abaixo de 2,89% at? setembro. Com isso a infla??o vai abaixo do piso da meta oficial para 2019, de 4,25% pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

? o menor resultado nessa base de compara??o em dois anos, repetindo a taxa de 2,54% vista em setembro de 2017, e tamb?m ficou em linha com a expectativa na pesquisa de alta de 2,52%.

A infla??o fraca permanece respaldando a decis?o do BC de adotar afrouxamento da pol?tica monet?ria. A autoridade monet?ria cortou a taxa b?sica de juros Selic em 0,5 ponto percentual em outubro, a 5% ao ano, e indicou com clareza que dever? repetir a dose em sua pr?xima decis?o.

Para al?m disso, entretanto, a postura ? de cautela em rela??o aos fatores que podem pressionar a infla??o para cima diante da falta de comparativos hist?ricos sobre as rea??es observadas num ambiente de Selic t?o baixa.

Os dados do IBGE mostram que os principais pesos foram exercidos pelas altas de Vestu?rio (0,63%), Sa?de e cuidados pessoais (0,40%) e Transportes (0,45%).

J? Alimenta??o e bebidas, com importante peso no bolso dos brasileiros, deixou para tr?s a queda de 0,43% em outubro e passou a subir 0,05%.

Por outro lado, tr?s grupos registraram queda nos pre?os, com destaque para o recuo de 0,61% em Habita??o, devido principalmente ao item energia el?trica (-3,22%).

Tamb?m apresentaram defla??o Artigos de Resid?ncia e Comunica??o, respectivamente de 0,09% e 0,01%.