Itália busca sobreviventes após colapso de ponte que deixou ao menos 26 mortos

Por Stefano Rellandini

G?NOVA, It?lia (Reuters) - Bombeiros buscavam sobreviventes e corpos em meio aos escombros da ponte de uma via expressa que desmoronou na manh? desta ter?a-feira em G?nova, cidade portu?ria do norte da It?lia, matando 26 pessoas.

Embora esse permane?a como o n?mero oficial de mortos, o primeiro-ministro Giuseppe Conte disse de G?nova que essa contagem subiria. A ag?ncia de not?cias italiana Ansa informou que cerca de 35 pessoas provavelmente foram mortas, citando fontes do corpo de bombeiros.

Uma se??o de 50 metros da ponte, incluindo uma torre que ancorava v?rios apoios, desabou com at? 35 ve?culos que a atravessavam sobre os telhados de armaz?ns e outros edif?cios, lan?ando grandes placas de concreto refor?ado dentro do leito de um rio.

Mais de 400 pessoas foram retiradas de 11 edif?cios localizados perto ou abaixo da ponte, disse a prefeitura. O colapso parece n?o ter matado ningu?m sob a estrada, mas apenas aqueles que estavam dirigindo nela, disse a ag?ncia de prote??o civil.

'Ainda estamos tentando retirar sobreviventes dos destro?os', disse Alessandra Bucci, policial de G?nova. 'Esperamos encontrar mais pessoas vivas'.

Horas depois do desastre, ocorrido em uma manh? de chuva torrencial, o governo anti-establishment que tomou posse em junho disse que o colapso da ponte provou que a It?lia precisa gastar mais para melhorar sua infraestrutura dilapidada, ignorando restri??es or?ament?rias da Uni?o Europeia se necess?rio.

'Dever?amos nos perguntar se respeitar estes limites (or?ament?rios) ? mais importante do que a seguran?a dos cidad?os italianos. Obviamente para mim n?o ?', disse o vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, l?der do partido de extrema-direita Liga, que governa com o Movimento 5 Estrelas.

Salvini tamb?m disse querer os 'nomes e sobrenomes dos culpados, porque uma trag?dia como esta em 2018 n?o ? aceit?vel'.

'Eles ter?o que pagar, pagar por tudo, e pagar muito'.

Imagens de helic?ptero publicadas em redes sociais mostraram caminh?es e carros detidos dos dois lados da se??o ru?da de 80 metros de comprimento da Ponte Morandi, constru?da na via expressa taxada A10 no final dos anos 1960. Um caminh?o foi visto a poucos metros da extremidade rompida do que os locais apelidaram de 'Ponte do Brooklyn'.

O motorista Alessandro Megna disse ? r?dio estatal RAI que estava em um engarrafamento bem debaixo da ponte e viu o desmoronamento.

'De repente a ponte veio abaixo com tudo que estava em cima. Realmente foi uma cena apocal?ptica, n?o conseguia acreditar nos meus olhos', contou.

Luigi D'Angelo, autoridade da ag?ncia de prote??o civil, disse que havia 30 carros e entre cinco e 10 caminh?es na estrada quando a se??o intermedi?ria despencou. De acordo com o governo da regi?o de Liguria, 19 corpos tinham sido identificados e 15 pessoas foram hospitalizadas, nove delas em estado grave.

Stefano Marigliani, funcion?rio da Autostrade ? unidade do grupo de infraestrutura Atlantia?que administra a se??o da via expressa que desmoronou ? respons?vel pela ?rea de G?nova, disse ? Reuters: 'O desmoronamento foi inesperado e imprevis?vel. A ponte era monitorada constantemente e supervisionada muito mais do que a lei exige'.

(Por Massimiliano Di Giorgio, Giulia Segreti, Valentina Za, Ilaria Polleschi; reportagem adicional de Angelo Amante e Stefano Bernabei)