Itália recusa navio de organizações humanitárias com imigrantes
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Por Antonio Denti
A BORDO DO AQUARIUS (Reuters) - A It?lia disse nesta segunda-feira que n?o dar? abrigo para as 141 pessoas resgatadas pelo navio humanit?rio Aquarius no litoral da L?bia na semana passada, pedindo que o Reino Unido ou outros membros da Uni?o Europeia os recebam.
O navio Aquarius, operado pelas institui??es de caridade SOS Mediterr?neo e M?dicos Sem Fronteira (MSF), recolheu os imigrantes em duas opera??es separadas e atualmente est? em ?guas internacionais entre a It?lia e Malta.
O Aquarius passou nove dias no mar em junho depois que o novo governo italiano tomou posse e fechou seus portos a todos os navios humanit?rios, classificando-os como 'servi?o de t?xi' e os acusando de ajudar traficantes de pessoas. As entidades humanit?rias negam as acusa??es.
'Ele pode ir para onde quiser, n?o para a It?lia!', disse o ministro do Interior da It?lia, Matteo Salvini, sobre o Aquarius, no Twitter, mencionando Fran?a, Alemanha, Reino Unido ou Malta como destinos.
'Impe?am os traficantes de pessoas e seus c?mplices, #portosfechados e #cora??esabertos', acrescentou Salvini, que ? de extrema-direita.
O ministro dos Transportes, Danilo Toninelli, que supervisiona os portos e a Guarda Costeira, disse que, como o navio tem bandeira de Gibraltar, este deveria se responsabilizar.
'A esta altura, o Reino Unido deveria assumir sua responsabilidade pela salvaguarda dos n?ufragos', disse Toninelli no Twitter.
O Minist?rio de Rela??es Exteriores brit?nico n?o estava dispon?vel para comentar de imediato.
A Comiss?o Europeia est? em contato com v?rios pa?ses da UE e tentando ajudar a resolver o 'incidente' com o Aquarius, disse um porta-voz em Bruxelas.
O centro de coordena??o de resgates de Malta informou ao Aquarius no s?bado que n?o o receber?, de acordo com o di?rio de bordo online do navio. O porta-voz do governo malt?s n?o estava dispon?vel para comentar de imediato nesta segunda-feira.
Devido ? press?o de It?lia e Malta, a maioria dos navios humanit?rios n?o est? mais patrulhando o litoral da L?bia. Mais de 650 mil imigrantes j? chegaram ?s praias italianas desde 2014.
Embora as partidas da L?bia tenham diminu?do drasticamente neste ano, os traficantes de pessoas ainda est?o lan?ando barcos ao mar, e estima-se que 720 pessoas morreram em junho e julho, quando a maioria dos navios humanit?rios estava ausente, avalia a Anistia Internacional.
(Reportagem adicional de Chris Scicluna, em Valletta; Gabriela Baczynska, em Bruxelas; e Kylie MacLellan, em Londres)
Escrito por Redação
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