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Jornalistas e advogados de Mianmar expressam preocupação com prisão de repórteres da Reuters

Jornalistas e advogados de Mianmar expressam preocupação com prisão de repórteres da Reuters

Redação

23/11/2018

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Por Thu Thu Aung

YANGON (Reuters) - Grupos que representam jornalistas e advogados de Mianmar entregaram uma carta ao presidente do pa?s nesta sexta-feira explicando sua preocupa??o com a pris?o de dois rep?rteres da Reuters condenados por violarem leis de segredos de Estado.

A carta, entregue ao presidente Win Myint na abertura do semioficial Conselho de Imprensa de Mianmar (MPC), apontou contradi??es no caso contra Wa Lone, de 32 anos, e Kyaw Soe Oo, de 28, que foram sentenciados a sete anos de pris?o em setembro.

Suas condena??es provocaram d?vidas sobre o progresso de Mianmar rumo ? democracia e causaram revolta em defensores dos direitos humanos.

Ainda em setembro a l?der de fato da na??o, Aung San Suu Kyi, disse que o caso n?o tem rela??o com a liberdade de imprensa. Ela tamb?m pediu que as pessoas a lerem o veredicto do caso e 'mostrarem onde houve um erro judicial'.

A carta, assinada pela Rede de Jornalistas de Mianmar (MJN) e v?rios outros grupos, incluindo duas associa??es nacionais de advogados, disse que, como Wa Lone e Kyaw Soe Oo est?o empregados como jornalistas profissionais, seu caso deveria ter sido julgado segundo a lei de m?dia, n?o a Lei de Segredos Oficiais, que data da era colonial.

'A Lei de Segredos Oficiais foi recomendada para evitar a espionagem. Em tempos modernos, essa lei n?o ? mais adequada e precisa ser revista', disse a carta. 'Uma pena de sete anos a cada um dos rep?rteres est? vetando a m?dia e nega o direito p?blico de acesso ? informa??o.'

O porta-voz do governo, Zaw Htay, disse em sua coletiva de imprensa quinzenal que o governo n?o pode interferir no caso porque os tribunais de Mianmar s?o independentes. Ele confirmou que o presidente recebeu a carta dos membros do MPC, mas n?o se estendeu no assunto.

A correspond?ncia tamb?m disse que Wa Lone e Kyaw Soe Oo acompanharam os fatos locais para relatar hist?rias de grande interesse p?blico, mostraram equil?brio profissional ao buscar coment?rios de autoridades policiais para contar os dois lados da hist?ria e n?o violaram a lei de m?dia de Mianmar.

Antes de serem presos, os rep?rteres trabalhavam em uma investiga??o sobre o assassinato de 10 homens e meninos rohingyas, cometido por for?as de seguran?a e civis budistas, no oeste de Mianmar durante uma opera??o repressiva do Ex?rcito que come?ou em agosto do ano passado.

A opera??o fez mais de 720 mil pessoas fugirem para Bangladesh.

Durante a cerim?nia na capital Naypyitaw, um dos membros rec?m-escolhidos do MPC, Thar Lun Zaung Htet, tamb?m entregou cartas das esposas dos jornalistas e pediu ao presidente que analise o caso.

Em resposta ?s cartas, Win Myint disse que 'tem que agir neste caso de acordo com a lei e analisar? este caso de acordo com os procedimentos legais', segundo Thar Lun Zaung Htet.

Redação

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