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Lava Jato aprofunda investigação sobre corrupção em concessão de rodovias no Paraná

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(Reuters) - A Pol?cia Federal foi ?s ruas nesta quarta-feira para cumprir 19 mandados de pris?o em um aprofundamento das investiga??es sobre esquema de corrup??o na concess?o de rodovias federais no Estado do Paran? envolvendo seis concession?rias, informaram a PF e o Minist?rio P?blico Federal.

As concession?rias s?o suspeitas de pagamento de propina em contratos para a administra??o de 2,5 mil quil?metros do Anel de Integra??o do Estado do Paran?.

Cerca de 400 agentes da PF, do MPF e da Receita Federal participam da a??o realizada nos Estados do Paran?, Santa Catarina, Rio de Janeiro e S?o Paulo contra as concession?rias Econorte, Ecovia, Ecocataratas, Rodonorte, Viapar e Caminhos do Paran?, al?m de intermediadores e agentes p?blicos corrompidos, disseram as autoridades.

'O objetivo ? aprofundar as investiga??es sobre a pr?tica de crimes de corrup??o, lavagem de dinheiro, sonega??o fiscal, estelionato e peculato em esquema relacionado ? administra??o das rodovias federais no Paran?', disse o MPF em nota sobre a opera??o, 55? fase da Lava Jato.

Segundo a investiga??o, foi identificado um amplo esquema de corrup??o envolvendo o pagamento de propina a agentes p?blicos a fim de obter boa vontade da administra??o estadual para a an?lise de pleitos de aditivos e outros atos que atendessem aos interesses das empresas.

As autoridades estimam que houve pagamento de propina de ao menos 55 milh?es de reais por meio de dois esquemas separados envolvendo as concession?rias e agentes p?blicos, que foram de 1999 at? 2015.

Na primeira etapa da opera??o, deflagrada em fevereiro, a PF e o MPF investigaram casos suspeitos de corrup??o ligados ? gest?o das concess?es rodovi?rias federais da concession?ria Econorte, da Triunfo Participa??es, no Estado do Paran?.

Segundo a PF, a an?lise das provas e dados reunidos na primeira fase e acordos de colabora??o premiada firmados por alguns investigados possibilitaram a identifica??o de 'n?cleos espec?ficos e organizados que atuavam de forma criminosa para explorar e obter benef?cios indevidos a partir dos contratos de concess?o de rodovias federais' paranaenses.

Entre os n?cleos da organiza??o havia um pol?tico, composto por altas autoridades do Governo do Paran? que agiam praticando atos de of?cio em benef?cio das concession?rias e realizando influ?ncia pol?tica junto aos ?rg?os t?cnicos, assim como o n?cleo empresarial, composto por funcion?rios, diretores e presidentes das concession?rias que se organizavam para ratear o pagamento de propina e propor aditivos contratuais, segundo as autoridades.

CONCESSION?RIAS

A CCR Rodovias, que administra a Rodonorte, disse em comunicado enviado ? Reuters que tem contribu?do com as autoridades no sentido de esclarecer todos os pontos pertinentes ? quest?o em curso e que permanece ? disposi??o para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necess?rios.

A empresa confirmou em fato relevante a realiza??o de opera??es de busca e apreens?o na sede da companhia e da controlada Rodonorte, assim como nas resid?ncias de executivo e ex-executivo da Rodonorte. Al?m disso, foram decretadas as pris?es tempor?rias do ex-diretor presidente da RodoNorte Jos? Alberto do R?go Moita, e do diretor operacional da RodoNorte Cl?udio Jos? Machado Soares.

A Ecorodovias, que det?m as concession?rias Ecovia e Ecocataratas, tamb?m citou em fato relevante as opera??es da PF envolvendo a empresa, suas controladas e executivos, com as pris?es tempor?rias de Evandro Couto Vianna, executivo da concession?ria Ecovia Caminho do Mar, de S?o Jos? dos Pinhais (PR), e Mario Cezar Xavier Silva da Ecocataratas, em Cascavel (PR).

J? a Viapar disse em comunicado enviado ? Reuters que 'sempre cumpriu todas as regras legais e est? comprometida em atender ao contrato de concess?o, de forma ?tica e transparente'. A empresa ainda afirmou que sempre esteve ? disposi??o das autoridades para esclarecimentos.

A Caminhos do Paran? tamb?m confirmou que foi alvo de uma a??o da PF, durante a qual foram expedidos mandados de pris?o tempor?ria ao diretor presidente da empresa, Jos? Juli?o Terbai Junior, e ao ex-diretor presidente da companhia entre 2006 e 2015, Ruy Sergio Giublin.

A empresa afirmou ainda considerar a pris?o 'desnecess?ria, visto que tem prestado os esclarecimentos necess?rios e jamais negou colabora??o'.

A Triunfo Participa??es tamb?m confirmou por meio de fato relevante que a PF cumpriu mandados de busca e apreens?o na empresa e em sua subsidi?ria Econorte. Al?m disso, a empresa afirmou que o presidente do conselho de administra??o, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, teve a pris?o preventiva decretada e renunciou ao cargo.

?s 13:48, as a??es da CCR ca?am 5,14 por cento e as da Ecorodovias tinham perda de 3,09 por cento, entre as maiores baixas do Ibovespa, que rondava a estabilidade. Os pap?is da Triunfo, que n?o fazem parte do ?ndice, estavam em leil?o e, na m?nima, chegaram a cair pouco mais de 1,5 por cento.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro, com reportagem adicional de Flavia Bohone, em S?o Paulo)

Escrito por Redação

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