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Líder de Mianmar diz em Haia que acusação de genocídio rohingya é 'enganadora'

Placeholder - loading - Audiência no Tribunal de Haia sobre acusação de genocídio rohingya  11/12/2019 REUTERS/Yves Herman
Audiência no Tribunal de Haia sobre acusação de genocídio rohingya 11/12/2019 REUTERS/Yves Herman

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Por Shoon Naing e Toby Sterling

HAIA (Reuters) - A l?der de Mianmar, Aung San Suu Kyi, rejeitou nesta quarta-feira as acusa??es de genoc?dio da minoria mu?ulmana rohingya de seu pa?s, que classificou como 'incompletas e enganadoras', e disse que o caso n?o deveria estar a cargo do maior tribunal da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU).

A ganhadora do Pr?mio Nobel da Paz, que falou durante os tr?s dias de audi?ncias no Tribunal Internacional de Justi?a, questionou as alega??es de uma a??o civil apresentada pela G?mbia no m?s passado acusando Mianmar de violar a Conven??o do Genoc?dio de 1948.

Suu Kyi, antes louvada no Ocidente como uma hero?na da democracia, falou durante cerca de 30 minutos na sala do tribunal de Haia em defesa das a??es dos militares de Mianmar, que a mantiveram sob pris?o domiciliar durante anos.

Ela disse que uma 'opera??o de libera??o' conduzida pelos militares em Rakhine, Estado do oeste do pa?s, em agosto de 2017, foi uma rea??o de contraterrorismo a ataques coordenados de militantes rohingyas contra dezenas de delegacias.

'G?mbia apresentou um quadro incompleto e enganador da situa??o factual no Estado de Rakhine de Mianmar', disse ela na defesa de sua na??o.

Embora Suu Kyi tenha reconhecido que uma for?a militar desproporcional pode ter sido usada, e civis mortos, disse que os atos n?o constituem genoc?dio.

'Certamente, naquelas circunst?ncias, a inten??o genocida n?o pode ser a ?nica hip?tese', disse ela ? comiss?o de 17 ju?zes. 'Ser? que pode haver inten??o genocida da parte de um Estado que investiga, processa e pune ativamente soldados e autoridades que s?o acusados de irregularidades?'

Mais de 730 mil rohingyas fugiram de Mianmar para Bangladesh depois que os militares desencadearam a opera??o de repress?o.

No ano passado, os militares de Mianmar anunciaram que sete soldados envolvidos no massacre de 10 homens e meninos rohingya no vilarejo de Inn Din em setembro de 2017 foram condenados a '10 anos de pris?o com trabalho for?ado em uma ?rea remota'.

Eles foram os ?nicos efetivos de seguran?a que os militares disseram ter punido por causa da opera??o de 2017, e foram libertados da pris?o ap?s menos de um ano de pena.

No final do m?s passado, os militares disseram ter iniciado uma corte marcial de um n?mero n?o especificado de soldados devido a acontecimentos no vilarejo de Gu Dar Pyin, cen?rio de um segundo suposto massacre de 10 rohingyas.

Embora uma miss?o de levantamento de fatos da ONU tenha descoberto que 'os crimes mais graves da lei internacional' foram cometidos em Mianmar e pedido julgamentos por genoc?dio, nenhuma corte analisou ind?cios e estabeleceu um genoc?dio em Mianmar.

(Por Toby Sterling, Shoon Naing e Stephanie van den Berg em Haia; Reportagem adicional de Ruma Paul, em Cox's Bazar)

Escrito por Reuters

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