Líder do governo reconhece que está 'um pouco apertado' para aprovar Previdência no 1º semestre

BRAS?LIA (Reuters) - A l?der do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), admitiu nesta quarta-feira que, diante dos atrasos na tramita??o da proposta, est? ficando 'um pouco apertado' para aprovar a reforma da Previd?ncia no Congresso no primeiro semestre, mas destacou que ainda existe essa possibilidade.

Joice afirmou que trabalha para que a comiss?o especial da reforma, que vai analisar o m?rito da mat?ria, seja instalada at? quinta-feira. A l?der ressalvou, no entanto, que ? preciso que haja a indica??o dos integrantes da comiss?o pelos l?deres partid?rios e a escolha dos integrantes da mesa dos trabalhos.

'N?o podemos fazer esse trabalho sozinhos', disse a l?der governista, em entrevista ap?s participar de solenidade no Pal?cio do Planalto de san??o da lei que cria a Empresa Simples de Cr?dito. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participaram do ato, mas n?o fizeram discursos nem falaram com a imprensa.

Joice alertou que a pr?xima semana de trabalho na C?mara dos Deputados poder? ficar esvaziada em raz?o do feriado do Dia do Trabalho, na quarta-feira, o que em tese poderia adiar a instala??o da comiss?o especial da reforma para a semana seguinte.

Dessa forma, governistas trabalham para tentar instalar o colegiado at? quinta-feira. O presidente da C?mara, Rodrigo Maia, criou a comiss?o especial nesta quarta-feira, um dia ap?s a mat?ria ter superado o primeiro obst?culo no Congresso ao ter sua admissibilidade aprovada pela Comiss?o de Constitui??o e Justi?a (CCJ).

A l?der tamb?m afirmou que o governo perseguir? um piso de economia com a reforma da Previd?ncia de 1 trilh?o de reais, caso haja mudan?as em pontos referentes ao Benef?cio de Presta??o Continuada (BPC) e aposentadoria rural, as maiores queixas dos parlamentares. A proposta original estima a economia em 1,1 trilh?o de reais em 10 anos.

'Creio que, se a gente mexer em BPC e rural, n?o estou nem falando em retirar, cortar, mexer de alguma forma, a gente ainda consegue o teto de 1 trilh?o de reais. Agora passou disso, a? n?o d? mais, o neg?cio fica magro demais, deixar a reforma anor?xica n?o ? um bom caminho para o Brasil', disse.

A l?der governista reconheceu que, apesar de classificar como 'grande vit?ria' na CCJ, n?o se pode ser ing?nuo de achar que o Congresso n?o vai 'deixar a sua digital' na proposta enviada pelo governo.

(Por Ricardo Brito)