Guaidó retorna à Venezuela em afronta a Maduro
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CARACAS (Reuters) - O l?der da oposi??o na Venezuela, Juan Guaid?, voltou ao seu pa?s nesta segunda-feira, depois de desrespeitar uma proibi??o de viajar imposta pela Justi?a para visitar pa?ses latino-americanos a fim de reunir apoio em sua campanha para tirar o presidente Nicol?s Maduro do poder.
Uma multid?o de apoiadores recebeu Guaid? e sua esposa na chegada ? ?rea de desembarque do Aeroporto Internacional Maiquet?a e depois partiram para uma manifesta??o da oposi??o no leste de Caracas, onde milhares de pessoas se reuniram para receb?-lo.
O retorno de Guaid?, reconhecido por v?rias na??es ocidentais como leg?timo chefe de Estado da Venezuela, indica que os advers?rios de Maduro, pelo menos temporariamente, evitaram a pris?o de um l?der que uniu a oposi??o tradicionalmente fragmentada.
Mas tamb?m aumentar? a press?o sobre Maduro para agir contra Guaid? enquanto sua autoridade continua a diminuir e o colapso econ?mico do pa?s alimenta a desnutri??o e a fome.
'A esperan?a nasceu e n?o vai morrer - as coisas est?o indo bem', disse Guaid? ? multid?o em uma pra?a no distrito de Las Mercedes. 'Vamos celebrar essa pequena vit?ria hoje.'
Ele anunciou planos de se reunir na ter?a-feira com funcion?rios p?blicos, que foram historicamente pressionados pelo Partido Socialista no poder para participar de com?cios pr?-governo, bem como para uma grande marcha no s?bado.
Guaid? deixou a Venezuela secretamente pela Col?mbia, em viola??o de uma ordem da Suprema Corte, para coordenar esfor?os no pa?s vizinho em 23 de fevereiro para enviar ajuda humanit?ria para a Venezuela para aliviar a escassez de comida e rem?dios.
Tropas, por?m, bloquearam os caminh?es com ajuda enviados da Col?mbia e do Brasil, levando a conflitos que mataram pelo menos seis pessoas na fronteira com o Brasil, disseram grupos de direitos humanos.
Da Col?mbia, ele viajou para Argentina, Brasil, Equador e Paraguai para reunir apoio latino-americano para um governo de transi??o que precedesse elei??es livres e justas.
No domingo, ele partiu de avi?o da cidade equatoriana de Salinas, mas n?o apareceu em p?blico desde ent?o. A imprensa venezuelana publicou que ele viajou da Cidade do Panam? para Caracas.
Ele manteve detalhes de sua viagem sob sigilo e chegou sem aviso pr?vio, encontrando-se com embaixadores de pa?ses europeus no aeroporto.
Guaid? chama Maduro de usurpador e diz que sua presid?ncia ? ileg?tima depois que ele conseguiu a reelei??o no ano passado em uma vota??o amplamente considerada uma farsa. Maduro mant?m o controle de institui??es estatais e a aparente lealdade de figuras importantes das for?as armadas.
Perguntado por um rep?rter como foi recebido no aeroporto pelas autoridades de imigra??o, que poderiam ter impedido sua entrada por violar a proibi??o de viagens, Guaid? disse que se dirigiram a ele como presidente - um golpe em Maduro, que o chama de fantoche dos EUA.
'Aqui est? meu passaporte, s?o e salvo', disse Guaid?, mostrando para a multid?o.
O Minist?rio da Informa??o n?o respondeu imediatamente a um pedido de coment?rio.
'ENCARAR A JUSTI?A'
Maduro, que nega que haja uma crise humanit?ria na Venezuela, afirmou que a pris?o de seu opositor depende do sistema judici?rio.
'Ele n?o pode entrar e sair como quiser. Ele tem que encarar a Justi?a, e a Justi?a o proibiu de deixar o pa?s', disse, ? ABC News, semana passada.
Manifestantes em Caracas, muitos usando branco e carregando bandeiras da Venezuela, disseram que a pris?o de Guaid? levaria a novos protestos.
'Se o regime tem pelo menos um pouco de consci?ncia, n?o deveria prender Guaid? porque as pessoas realmente n?o tolerariam isso', disse Franklin L?pez, um administrador de 60 anos.
O governo prendeu d?zias de l?deres opositores e ativistas que tentaram derrubar Maduro por meio de manifesta??es violentas entre 2014 e 2017, incluindo o mentor de Guaid?, Leopoldo L?pez, que segue em pris?o domiciliar.
((Tradu??o Reda??o S?o Paulo, 55 11 56447753)) REUTERS PAL
Escrito por Redação
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